Pregador, ex-definidor, brasiliense. No século se chamava Joaquim José, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora do Pilar das Congonhas do Sabará, bispado de Mariana. Filho legítimo de Inácio Gonsalves da Costa, natural e batizado na freguesia de São Cristóvão do Rio Mau, termo de Barcelos, arcebispado de Braga, e de sua mulher Margaria Rosa, natural da cidade de Lisboa, e batizada na freguesia de Santos na mesma cidade. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião o Pregador Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, aos 3 de maio de 1762. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 4 de maio de 1763. Com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770) foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, a 8 de janeiro de 1769, pelo Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB (1745-1773) 6º bispo da dita cidade. Foi instituído confessor de seculares na congregação intermédia de 27 de julho de 1771. No capítulo celebrado a 30 de janeiro de 1773 foi eleito presidente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos da cidade de Cabo Frio, sendo confirmado para o mesmo emprego no mesmo convento na congregação intermédia de 30 de julho de 1774, e também aí serviu de presidente in capite. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, pelo Ministro Provincial Fr. Cosme de Santo Antônio (1773-1777), tendo por Mestre ao Ex-Leitor de Teologia Fr. Raimundo de Penafort da Anunciação. Saiu eleito pregador no capítulo celebrado a 6 de outubro de 1781. Elegeram-no guardião do Convento de Nossa Senhora da Penha no capítulo celebrado a 28 de aposto de 1790. No capítulo celebrado ao» 24 de setembro de 1796 foi eleito guardião do Convento de São Boaventura de Macacu. Saiu eleito superior da Aldeia de São Miguel na congregação intermédia de 24 de março de 1798. Foi eleito guardião do Convento de São Luís da vila de Itu no capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799, sendo confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 28 de março de 1801 No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802 saiu eleito Secretário da Província sendo reeleito para este ofício na congregação intermédia de 7 de abril de 1804. Por Breve do Senhor Núncio Apostólico foi instituído Ex-definidor com todos os privilégios anexos à esta graduação e deles entrou a gozar no ano de 1805. Foi eleito guardião do convento da Senhora da Penha no capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 elegeram-no guardião do Convento de São Francisco da vila de Vitória. Renunciou. Por Breve do Senhor Núncio Apostólico foi eleito Visitador geral, de cujo emprego tomou posse a 12 de abril de 1814 e celebrou capítulo a 15 de outubro do mesmo ano. Por falecimento de Fr. Vicente Ferrer atual guardião no Convento de São Boaventura de Macacu, foi eleito guardião do sobredito convento a 22 de março de 1819. Renunciou e foi aceita a renúncia. Atacado no Convento de Macacu por um furioso acesso hemorroida e gravemente perigoso, veio para a enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, já muito avançada a enfermidade de que se manifestou gangrena, e disposto com todos os sacramentos, faleceu a 24 de fevereiro de 1825, contando 62 anos, 9 meses menos 6 dias, de hábito.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1163.
