Confessor, europeu. No século se chamava João da Silva Apolinário, natural e batizado freguesia do Salvador de Bouças de Matosinhos, filho legítimo de Apolinário da Silva, natural e batizado na sobredita freguesia, e de sua mulher Maria Josefa, batizada em São Pedro de Medrães, bispado do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, a 24 de dezembro de 1792, sendo guardião Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro, sendo de idade de 20 anos e tornando por nome Fr. João de Santo Apolinário. Professou a 25 de dezembro de 1793 no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, para onde se transferiu o noviciado, por mandato do Ministro Provincial Fr. João de Sant’Ana Flores (1793-1796), sendo guardião do refendo convento Fr. José Adriano do Amor Divino Duque. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795 foi admitido ao estudo de filosofia no convento de São Francisco de São Paulo, tendo por mestre o Ir. Ex-Leitor de teologia Fr. Joaquim de Santa Leocádia. Deixou a Província a 14 de novembro de 1795. Autorizado pelo Senhor Núncio Apostólico em Lisboa, incorporou-se na Província a Arrábida. Retornou à Província de Nossa Senhora da Conceição do Brasil, entrando nela a 21 de agosto de 1799. Com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1700-1802), tomou ordem de Presbítero a 8 de março de 1800, conferida pelo Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7º bispo do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado aos 2 da de outubro de 1802 saiu eleito porteiro do Convento de São Francisco de São Paulo. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi eleito confessor de seculares e presidente do convento de Santo Antônio de Santos. Alegando que suas forças não davam para os rigores da Ordem de São Francisco, em 1804 transitou para o clero secular, no bispado de São Paulo, com Breve Pontifício. Logo depois do capítulo celebrado aos 8 de janeiro de 1808 se recolheu outra vez à Província, tornando a vestir o santo hábito, com grande edificação de todos. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi eleito presidente do Convento de Santa Clara de Taubaté. Faleceu neste mesmo Convento de Taubaté, munido com todos os sacramentos, 3 aos 4 de novembro de 1811. Por sua alma se fizeram os sufrágios no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em 15 de novembro de 1811.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1059.
