Confessor, Pregador Imperial, Brasiliense. No século se chamava João Martins Valladares, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Vitória, Província do Espírito Santo. Filho legitimo de José Dias da Silva, e de sua mulher Francisca Dias da Costa. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Prilidiano do Patrocínio (1841-1847). Tomou o hábito para frade do coro no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 27 de março de 1844, sendo guardião Fr. Miguel de Santa Rita. Professou no mesmo convento e mãos do dito guardião, aos 28 de março de 1845. Com patente do sobredito Ministro Provincial foi promovido a todas as Ordens no ano de 1846, as quais lhe conferiu o Exmo. Sr. Dom Manuel do Monte Rodrigues de Araújo (1839-1863), 9° bispo do Rio de Janeiro. Foi ainda pelo mesmo Ministro Provincial, instituído confessor de seculares. Em 1849 obteve do Governo imperial 2 anos de licença. Sendo pelo mesmo cassada, renunciou o Breve de secularização, que havia impetrado, e recolhe-se para o convento de São Francisco na cidade da Vitória. No capítulo celebrado aos 17 de agosto de 1850 saiu eleito guardião do convento da Senhora da Penha. Na congregação intermédia de 18 de fevereiro de 1852 elegeram-no guardião do convento de São Francisco da Vitória. No capítulo celebrado aos 28 de maio de 1853 foi eleito guardião do convento da Senhora da Penha, sendo confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 28 de novembro de 1854 e no capítulo celebrado no dia 19 de março de 1856. Na congregação intermédia de 12 de setembro de 1857 foi nomeado Secretário da Província, cargo que renunciou, sendo-lhe aceita a renúncia na sessão definitorial de 23 de abril de 1858. No capítulo celebrado a 5 de março de 1859 tornou a sair eleito guardião do convento da Senhora da Penha. Por carta imperial de 14 de março de 1860 houve Sua Majestade Dom Pedro II, por bem, nomeá-lo pregador da Imperial Capela. A 15 de março de 1865 faleceu na vila do Espírito Santo (Vila Velha, ES), estando a 388 paroquiar a freguesia da dita vila. Seu corno foi sepultado no convento de São Francisco da Vitória, em 16 do mesmo mês e ano.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1332.
