Pregador, brasiliense. No século se chamava Inácio Francisco Xavier de Carvalho, natural e batizado na freguesia de São Gonçalo, bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de João Moreira de Carvalho, natural e batizado na mesma freguesia, e de sua mulher Maria de Oliveira Coelho, natural e batizada na freguesia de Nossa Senhora da Candelária da cidade do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, aos 24 de julho de 1758. Professou no mesmo convento, com o mesmo guardião, aos 26 de julho de 1759. Foi ordenado Sacerdote em São Paulo, com o bispo desta cidade o Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, com letras do Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação, a 24 de agosto de 1763. Foi eleito confessor de seculares em 27 de julho de 1771. Neste mês e ano elegeram-no presidente do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, sendo confirmado neste mesmo emprego e convento no capítulo celebrado, aos 30 de agosto de 1773. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, pelo Ministro Provincial Fr. Cosme de Santo Antônio e lido pelo Ir. Ex-leitor de teologia Fr. Raimundo de Pennafort da Anunciação, aos 14 de agosto de 1775. Saiu eleito pregador no capítulo celebrado a 6 de outubro de 1781. Em 1784 foi sacristão-mor do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Elegeram-no guardião do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião no capítulo celebrado em 25 de agosto de 1787. Saiu eleito guardião do Convento de São Francisco de São Paulo, no capítulo celebrado aos 31 de agosto de 1793. Em 1894 serviu também de Comissário de Terceiros deste mesmo convento. Em 1796 foi presidente in capite do Convento de Santo Antônio de Santos. Para este mesmo convento foi eleito guardião no capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 nomearam-no superior da Aldeia de São João de Peruíbe. Munido de todos os Sacramentos faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, entre as 2 e as 3 horas da madrugada do dia 21 de maio de 1805. No mesmo dia foi sepultado no túmulo dos Religiosos que falecem no convento do Rio.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1006.
