Ex-Leitor, ex-Ministro Provincial, brasiliense. No século se chamava Henrique de Almeida e Costa, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Candelária da cidade do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Henrique de Almeida Costa, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora das Angústias, Ilha do Faial, bispado de Angra (Açores), e de sua mulher Maria Joaquina, natural e batizada na sobredita freguesia de Nossa Senhora da Candelária; neto pela parte paterna de Lucas de Almeida e de sua mulher Catarina Clara, ambos naturais da Ilha do Faial; e pela parte materna de Antônio Gomes de Freitas, natural da Ilha da Madeira e de sua mulher Vitória Inácia, natural da Ilha do Faial. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808). Tomou o hábito para frade do coro no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo guardião o Ex-custódio Fr. Antônio Agostinho de Sant’Ana, aos 8 de janeiro de 1806. Professou no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, para onde foi continuar o noviciado, sendo guardião o Pe. Mestre Jubilado Fr. Joaquim de Santa Leocádia, aos 11 de outubro de 1807, tomando por nome Fr. Henrique de Sant’Ana. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi admitido ao estudo no Convento de São Francisco na cidade de São Paulo, sendo Lente de Artes o Ex-Leitor de Vésperas Fr. João do Espírito Santo. Com patente do Ministro Provincial Fr. Alexandre de São José Justiniano (1811-1814) foi ordenado sacerdote a 7 de agosto de 1814 pelo Exmo. Sr. Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833), 8º bispo do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi instituído confessor de seculares e pregador. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 foi nomeado Lente de Moral para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, emprego que já exercia desde o capítulo antecedente pela ausência do Pregador Fr. Luís de São Libório. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi eleito Lente de Filosofia para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, não somente pela sua capacidade, mas também pelos grandes serviços do púlpito, cujo ministério tem sido por ele desempenhado com todo o asseio e aplauso, e pelos de escrevente em vários provincialados. Sendo declarado a 24 de julho de 1821 para Visitador Geral o Pe. Mestre Fr. Francisco de São Carlos, foi e eito seu Secretário. Em 5 de junho de 1823 foi eleito guardião do convento da Senhora dos Anjos de Cabo Frio, pela renúncia do Fr. Francisco de Santa Emerenciana que saíra eleito Guardião do mesmo convento na congregação intermédia de 26 de abril de 1823. No capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825 elegeram-no guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), e os Padres Capitulares o declararam no gozo dos privilégios de Lente de Prima. Na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826 foi reconduzido na guardiania do Convento de São Bernardino. Saiu eleito Definidor da Mesa no capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828. Em 1831 serviu de Secretário da Visita Geral. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 foi eleito Ministro Provincial. Depois de uma moléstia grave que padeceu em uma casa particular (casa de sua irmã) no Rio de Janeiro, aí faleceu de um ataque apoplético, aos 22 de novembro de 1834. No dia seguinte foi sepultado no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1218.
