Pregador, ex-definidor, ex-Ministro Provincial, brasiliense. No século se chamava Francisco José Benjamim, natural e batizado na freguesia de vila de Santo Antônio de Sá, de Macacu, bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Jorge Antônio Costa Soares, natural e batizado na mesma freguesia, e de sua mulher Ana Maria Furtado de Mendonça, natural de Tambi (Itambi), e batizada na freguesia de São João de Itaboraí, ambos do bispado do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis (1777-1780). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 31 de outubro de 1778, sendo guardião o Pregador Fr. José de Santa Úrsula Pacheco. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, no dia 17 de novembro de 1779. Entrou no estudo de filosofia aberto no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, pelo Ministro Provincial Fr. José dos Anjos Passos (1781-1784) no mês de outubro de 1781, sendo mestre o Ex-Leitor de teologia Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho. Foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, a 5 de julho de 1784. Na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786 foi nomeado pregador, dispensando-se-lhe o resto do tempo que lhe faltava para encher o triênio de teologia, em atenção ao Serviço de Sua Majestade Fidelíssima, a que estava adicto por ordem do Exmo. Sr. Luís de Vasconcellos e Souza, Vice-Rei do Estado (quer dizer: como notável desenhista acompanhou o botânico Fr. José Mariano da Conceição Vellozo em suas excursões cientificas pela capitania do Rio de Janeiro). Foi instituído confessor de seculares na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796, foi eleito presidente do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, sendo confirmado na mesma presidência na congregação intermédia de 24 de março de 1798. Saiu eleito presidente do Convento de Nossa Senhora do Amparo da vila de São Sebastião no capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799. Elegeram-no guardião do Convento de Santa Clara da vila de Taubaté, aos 8 de novembro de 1802. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi eleito porteiro para o Convento de N. P. São Francisco da cidade de São Paulo. Tornou a ser nomeado para o mesmo emprego e no mesmo convento na congregação intermédia de 11 de abril de 1807. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 foi eleito guardião do Convento de Santa Clara da vila de Taubaté. Elegeram-no guardião do convento da Senhora do Amparo da vila de São Sebastião na congregação intermédia de 14 de abril de 1810. No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811 saiu eleito Definidor da Mesa. E no capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi eleito Ministro Provincial. Governou até o capítulo de 18 de abril de 1818. Munido com todos os Sacramentos faleceu de um retrocesso de impinges a 10 de dezembro de 1818 na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Nos últimos dias foi um exemplar de paciência, sofrendo com grande resignação a moléstia de que morreu. Jaz na quadra em que se costumam sepultar os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1111.
