Ex-Leitor, europeu. No século se chamava Francisco Gonçalves da Silva, natural e batizado na freguesia de Santa Marinha, termo da cidade e bispado do Porto. Filho legítimo de Antônio Gonçalves da Silva, natural e batizado na freguesia de São João Batista da Vila do Conde, bispado do Porto, e de sua mulher Teodora Josefa Soares, natural da vila de Figueira, bispado de Coimbra. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa. Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 15 de julho de 1792, sendo guardião Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro, e com ele professou, aos 16 de julho de 1793. Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795 foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de São Francisco de São Paulo, e de que foi lente o Ex-Leitor de teologia Fr. Joaquim de Santa Leocádia. Tomou Ordem de Presbítero no Rio de Janeiro, aos 22 de dezembro de 1798, com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus e Maria, e lhas conferiu o Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco, bispo da dita cidade. No capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799, saiu eleito pregador, confessor e passante do estudo de filosofia, de que era lente o Ex-Leitor de Prima Fr. Joaquim de Santa Leocádia. No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802 foi eleito lente de Noa para o estudo de teologia do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Em abril de 1806 foi para Portugal com licença do Príncipe Nosso Senhor (D. João VI). Faleceu de moléstia de peito munido dos sacramentos em 11 de setembro de 1807, no Convento de Santo Antônio de Vai de Piedade do Porto, onde foi sepultado. Por sua alma se fizeram os sufrágios no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 10 de junho de 1811, porque só então é que constou oficialmente de sua morte.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1022.
