Pregador, ex-definidor, europeu. No século se chamava Domingos Filgueira, natural e batizado na freguesia de Santa Eulália de Lara, termo de Monção, Arcebispado de Braga. Filho legítimo de Lourenço Filgueira, natural e batizado na freguesia de Santa Maria de Trapoles, e de sua mulher Ana Fernandes, natural e batizada na referida freguesia de Lara. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Fernando de Santo Antônio. Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio de Lisboa, sendo guardião Fr. Francisco da Anunciação, aos 5 de março de 1727. Continuou o noviciado no Convento de São Boaventura de Macacu e nele professou, sendo guardião Fr. Domingos de Belém, aos 6 de março de 1728. Foi admitido ao estudo de filosofia do Convento do Senhor Bom Jesus da Ilha pelo Ministro Provincial Fr. Fernando de Santo Antônio, sendo mestre Fr. José da Vitória, que da Bahia veio ler a esta Província. Com patente do Ministro Provincial Fr. Luís de Santa Rosa, foi ordenado sacerdote a 2 de fevereiro de 1733, conferiu-lhe todas as Ordens Dom Fr. Antônio de Guadalupe, OFM, bispo do Rio de Janeiro. Saiu nomeado pregador na congregação intermédia de 22 de agosto de 1733. Foi eleito Comissário de Terceiros do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, na congregação intermédia de 1º de setembro de 1736. Nomearam-no presidente do sobredito Convento de Cabo Frio no Capítulo de 31 de maio de 1738. Entretanto, conto Dom Fr. Antônio de Guadalupe, OFM, reformador da Província anulou este capítulo, foi fazer o lugar de presidente no Convento de Nossa Senhora da Penha. Neste mesmo convento serviu de porteiro quatro anos e meio. No Capítulo de 27 de janeiro de 1742 o elegeram confessor de seculares. No Capítulo de 17 de agosto de 1748 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Penha. Saiu nomeado guardião do Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião no Capítulo de 24 de janeiro de 1761. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1765 o elegeram guardião do Convento de São Luís de Itu. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1771 foi nomeado guardião do Convento de Nossa Senhora da Penha. Entretanto, por troca que fez com Fr. Tomás de Santa Catarina eleito guardião para o Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, foi governar o Convento da Conceição, e o dito Fr. Tomás de Santa Catarina passou para o convento da Penha. Saiu eleito definidor da Mesa no Capítulo de 30 de janeiro de 1773. Faleceu na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 24 de fevereiro de 1786, tendo recebido os sacramentos. Jaz sepultado na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 801.
