Pregador, Ex-definidor, Europeu. No século se chamava Arcângelo Rodrigues de Figueiredo, natural e batizado na freguesia de São Pedro de Fiães, termo de Oliveira do Conde, bispado de Viseu. Filho legitimo de Antônio de Figueiredo, e de sua mulher Bárbara Rodrigues, ambos da mesma freguesia, termo e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de Sant’Ana Flores (1793-1796). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 23 de junho de 1795, sendo guardião o lr. Pregador Fr. José de São Joaquim Cardozo. Neste mesmo convento e com o dito guardião fez profissão para frade do coro, aos 24 de junho de 1796, sendo de idade de 23 anos incompletos e tomando por nome Fr. Arcângelo dos Querubins. Foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro, aos 6 de maio de 1798. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7° bispo da sobredita cidade. No capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 foi instituído confessor de seculares e admitido ao estudo de filosofia no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo Lente de Artes o Ex-Leitor de Prima Fr. Joaquim de Santa Leocádia. Foi eleito pregador no capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805. Em abril de 1806 tomou conta da Procuração da Província por mandado do. Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808). No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi declarado Ex-definidor por um Breve do Senhor Núncio Apostólico, pedido pela Província, e foi também dispensado de fazer hebdômadas, em atenção dos grandes serviços que tem feito em qualidade de Procurador Geral da Província. A 12 de julho de 1824 foi eleito Secretário da Visita Geral pelo Visitador Geral Fr. José de São João Crisóstomo. A 20 de outubro (de 1824?) renunciou o emprego de Procurador Geral da Província, alegando enfermidades. Na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826 foi eleito Mestre de Noviços para o convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Munido de todos os sacramentos, faleceu aos 17 de agosto de 1841, na enfermaria do dito convento, onde sofria havia 3 anos de mal de estupor. Jaz na Quadra onde se sepultam os Religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1253.
