Pregador, ex-definidor, Padre da Província, europeu. No século se chamava da mesma sorte, natural da cidade do Porto. Filho legítimo de Brás Fernandes e de sua mulher Teresa de Jesus, naturais da mesma cidade do Porto, na freguesia de São Nicolau. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José do Nascimento. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de Santo Antônio de Val de Piedade extramuros do Porto, aos 11 de junho de 1736, sendo guardião Fr. Antônio Guimarães. Veio continuar o noviciado no Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio e nele professou, aos 12 de junho de 1737, sendo guardião Fr. José das Neves. Pelo Ministro Provincial Fr. Lucas de São Francisco foi admitido ao estudo de filosofia, que no Convento de São Francisco de São Paulo ensinava Fr. Cosme de Santo Antônio. Com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio da Conceição Godinho foi ordenado sacerdote em Lisboa, em 26 de março de 1746. Conferiu-lhe as Ordens Dom José Dantas Barbosa, arcebispo de Lacedemônia, por ordem do Cardeal Patriarcal Dom Tomás de Almeida. Saiu eleito pregador na congregação intermédia de 11 de fevereiro de 1747. No capítulo de 17 de agosto de 1748 foi nomeado confessor de seculares. Na congregação intermédia de 24 de março de 1753 elegeram-no superior do hospício de Nossa Senhora da Conceição da Colônia do Sacramento. Ficou confirmado neste emprego e hospício no capítulo de 19 de outubro de 1754 e na congregação intermédia de 24 de outubro de 1756. Foi eleito guardião do Convento de São Luís de Itu na congregação intermédia de 21 de abril de 1759. Tornou a ser guardião deste mesmo Convento de Itu na congregação intermédia de 24 de julho de 1762. No capítulo de 28 de janeiro de 1764 saiu eleito em definidor da Mesa. Por ordem do Conde da Cunha, vice-rei do Estado, datada de 3 de agosto de 1765, foi exterminado para o Convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião. Por ordem de Luís de Vasconcellos e Souza, vice-rei do Estado, datada em 25 de abril de 1780, foi mandado recolher para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Aos 21 de fevereiro de 1787 tomou posse de visitador geral da Província, em virtude do Breve do Núncio Apostólico Vicente Ranuzzi. Celebrou o capítulo de 25 de agosto de 1787. Em consequência de ter feito o capítulo em paz, obteve para ele o Ministro Provincial Fr. José do Desterro do Núncio de Portugal os privilégios de padre da Província, dos quais gozou pacificamente até a hora da morte, a 23 de junho de 1795, ocorrida na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Recebeu os últimos sacramentos. Jaz sepultado na quadra em que se enterram os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 889.
