Confessor, europeu. No século se chamava Antônio Pereira Soares, filho legítimo de Francisco Pereira Soares e de sua mulher Catarina Clara, todos naturais e batizados na Sé da cidade do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Luís de Santa Rosa. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), aos 26 de novembro de 1733, sendo guardião Fr. Manuel de S. Roque. Professou com este prelado e no mesmo convento, aos 27 de novembro de 1734. Com patente do Ministro Provincial Fr. Lucas de São Francisco (1738-1742) foi ordenado sacerdote. Conferiu-lhe as Ordens Dom Fr. Antônio de Guadalupe, OFM, bispo do Rio de Janeiro. Foi nomeado confessor de frades Pelo Ministro Provincial Fr. Antônio da Conceição Godinho. No capítulo de 7 de agosto de 1745 saiu eleito confessor de seculares. Em 1748 (3 de março) foi nomeado escrivão e notário para a inquirição jurídica sobre as maravilhas e prodígios que Deus operava por intercessão de Fr. Fabiano de Cristo. Explicou moral na varanda do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro 12 anos, pelo que no capítulo de 24 de janeiro de 1761 ficou dispensado para sempre de às Horas Menores. Ensinou gramática aos coristas 6 anos. Cuidou da capela do Senhor Bom Jesus da Cana Verde mais de 14 (40?) anos. Enfermando no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, recolheu-se à enfermaria nela, onde, recebidos todos os sacramentos, faleceu, aos 11 de junho festa do Sagrado Coração de Jesus de 1790. Jaz sepultado na quadra, em que se enterram os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 847.
