Ex-Leitor, pregador Régio, brasiliense. No século se chamava Antônio Francisco Martins de Barros, natural e batizado na freguesia de Santa Rita da cidade e bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Francisco Martins de Barros, natural e batizado na freguesia de São Pedro da vila de Bemposta, bispado de Miranda do Douro, e de sua mulher Joana Maria de Oliveira, natural e batizada na sobredita freguesia de Santa Rita. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 13 de janeiro de 1797, sendo guardião o lr. Ex-definidor Fr. Manuel Luís da Madre de Deus. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, a 14 de janeiro de 1798, sendo de idade de 18 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome Fr. Antônio do Lado de Cristo. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de São Francisco da cidade de São Paulo, sendo Ministro Provincial o sobredito Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados, e tendo por lente de filosofia o Ex-Leitor de Prima Fr. Francisco da Candelária. Com patente do Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805), foi ordenado Sacerdote em São Paulo, aos 12 de fevereiro de 1804. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Foi instituído pregador e confessor de seculares na congregação intermédia de 7 de abril de 1804. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 foi eleito passante para o estudo no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Saiu eleito lente de Completas para o mesmo estudo na congregação intermédia de 14 de abril de 1810. Por Carta Régia de 21 de novembro de 1811 foi nomeado Pregador da Real Capela da Corte do Rio de Janeiro. Adoecendo gravemente no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, onde era morador, foi conduzido para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em cuja enfermaria, depois de ter recebido todos os Sacramentos faleceu aos 6 de abril de 1821, com bons sentimentos de Religião e piedade. Jaz em uma das sepulturas da quadra em que se costumam sepultar os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1131.
