Ex-Leitor, Ex-Definidor, Ex-Custódio, Europeu. No século se chamava André de Mello e Câmara, filho legítimo de Manuel da Câmara, e de sua mulher Maria Clara, todos naturais e batizados na freguesia de Nossa Senhora da Graça do Porto Formoso, Ilha de São Miguel, bispado de Angra (Açores); neto pela parte paterna de Pedro Lopes e de Josefa de Mello, e pela parte materna de José Câmara e Francisco Dias. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 8 de outubro de 1806, sendo guardião Fr. Antônio Agostinho de Sant’Ana. Fez profissão para frade do coro no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, sendo guardião Fr. Francisco de Santa Leocádia, aos 11 de outubro de 1807, tendo de idade 23 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome Fr. André da Paixão. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi admitido ao estudo no convento de São Francisco de São Paulo, tendo por Lente de Artes o Ir. Ex-Leitor de Vésperas Fr. João do Espírito Santo. Com patente do Vigário Provincial Fr. Antônio Agostinho de Sant’Ana (1811), foi ordenado sacerdote em São Paulo, aos 10 de setembro de 1811, pelo Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi instituído confessor de seculares e pregador. Na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819 foi eleito passante para o estudo no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, vago pelo falecimento do passante Fr. Luís de Santa Rosa; fez renúncia deste emprego. Na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826 foi nomeado Presidente das Conferências de Moral e ao mesmo tempo substituto da cadeira de filosofia do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro; cujo emprego não exercitou. No capítulo celebrado a 7 de agosto de 1828 saiu eleito Lente de Filosofia para o convento do Rio de Janeiro. Renunciou. Por morte de Fr. José da Madre de Deus Loreto, guardião do convento de São Boaventura da vila de Macacu, foi eleito para este emprego, aos 13 de fevereiro de 1829, que também renunciou. Na congregação intermédia de 13 de fevereiro de 1830 foi nomeado comissário de Terceiros para o convento da Senhora do Amparo em São Sebastião. Em 1831 foi presidente in capite do convento de Santo Antônio de Santos, com patente do Visitador Geral Fr. Joaquim de São Jerônimo Sá. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 foi eleito guardião e comissário de Terceiros para o sobredito convento de Santos, sendo reconduzido nesta guardiania e comissária na congregação intermédia de 23 de fevereiro de 1833. No capítulo celebrado a 23 de agosto de 1834 saiu eleito Definidor da Mesa. Exerceu algumas vezes o emprego de Lente de Moral no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, a pedido dos Ministros Provinciais. Em sessão definitorial de 4 de abril de 1817 foi eleito Custódio pela renúncia que fez Fr. Joaquim de São Daniel. Em sessão definitorial de 6 de dezembro de 1847 fez parte da Mesa como Definidor adjunto, e mais uma vez Definidor adjunto na congregação intermédia de 22 de maio de 1849. Em sessão definitorial de 15 de junho fez parte da Mesa como sub-rogado pela eleição de Visitador Geral feita em Fr. José da Visitação. Em sessão de 29 de outubro de 1850 fez parte da Mesa como sub-rogado a iure. Munido com todos os sacramentos, faleceu na enfermaria do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 14 de janeiro de 1855 pelas três e meia da tarde. Jaz sepultado na Quadra dos Religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1304.
