Confessor, ex-ministro Provincial. Brasiliense. Chamava-se no século Brás Esteves Leme, filho legítimo do capitão Antônio Bicudo Leme (+ 1716 em Pindamonhangaba, SP), e de D. Francisca Romeiro Velho Cabral. Tomou na profissão o nome de Fr. Serafino de Santa Rosa. Sendo guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, aos 8 de abril de 1697 se colocou o Santíssimo no sacrário da igreja benta já a 13 de janeiro de 1690. Foi definidor da Mesa em anos não declarados. No capítulo de 16 de abril de 1707 foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Governou essa casa até o capítulo de 7 de abril de 1710, em que saiu eleito Ministro Provincial. Dirigiu a Província até o capítulo celebrado a 25 de março de 1713. Era muito zeloso do ornato das igrejas, recebendo para isso grandiosas esmolas de seus parentes, abastados moradores da capitania de São Paulo, donde ele mesmo era natural. Com as esmolas recebidas dos moradores do Rio de Janeiro fez a real ladeira do Convento de Santo Antônio, da mesma cidade. À sua diligência se deve a introdução dos Estatutos Municipais aceitos em 1710 e 2ª vez em 1713, e finalmente impressos em 1717. O Ministro Geral Fr. Ildefonso Biesma nomeou-o visitador da Província, a 25 de novembro de 1714, tendo antes passado idênticas letras patentes de visitador em favor de Fr. Marcos de São Boaventura. Este fato foi a causa próxima dos distúrbios que surgiram na Província. Fr. Serafino de Santa Rosa presidiu como visitador o capítulo de 25 de março de 1716, celebrado no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Passou os últimos anos de sua vida na aldeia de Santo Antônio dos Guarulhos, como súdito do superior dela. Faleceu lá mesmo pelo ano de 1730. Foi sepultado na igreja da referida aldeia.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 318.
