Pregador, ex-ministro Provincial. Natural do Rio de Janeiro. Durante o primeiro provincialado (1681-1684) de Fr. Cristóvão da Madre de Deus Luz, pregou missões aos povos desde a Vila dos Reis da Ilha Grande (Angra dos Reis) até a de Casserebu (Macacu) e seu termo. Serviu de custódio da Mesa de 1691 até 1694. Por morte do Ministro Provincial. Fr. João da Conceição Sanches, foi eleito Vigário Provincial, a 15 de fevereiro de 1699. Dirigiu a Província até o capítulo de 22 de janeiro de 1701, no qual foi eleito Ministro Provincial. Governou a Província até o capítulo de 19 de janeiro de 1704. No seu tempo fundou-se o hospício de Nossa Senhora da Conceição, em Lisboa, para os procuradores da Província. Tornou a ser eleito Ministro Provincial no capítulo de 25 de março de 1713. Esteve à testa da Província até o capítulo de 25 de março de 1716. Fez levantar de pedra e cal o definitivo Convento de Nossa Senhora da Conceição, de Itanhaém, bem como a sua igreja. Escreveu o tombo (desaparecido) do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). Fonte assaz aproveitada por Pizarro e Relação dos Santuários e imagens de N. Senhora no Bispado do Rio de Janeiro, que, segundo os entendidos, forma grande parte do 10º tomo da obra do agostiniano Fr. Agostinho de Santa Maria Santuário Mariano. Teve que escrever essa relação duas vezes porque o primeiro manuscrito foi destruído na invasão dos franceses no Rio de Janeiro, em 1711. Segundo Fr. Apolinário da Conceição. Fr. Miguel de São Francisco era varão de muita humildade. Faleceu em 1734.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 335.
