Pregador, Custódio. Natural de São Joaninho de Beja. Professou no Convento de Nossa Senhora das Neves, de Olinda, a 27 de junho de 1610, sendo de idade de 29 para 30 anos. No capítulo custodial celebrado em fins de 1624 saiu eleito guardião do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Governou esta casa até 1627, edificando a todos como religioso humilde e devoto. Mandou fazer a calçada, pela qual se sobe até o dito convento. Em 1628 passou para o reino. Foi duas vezes capturado: uma vez por corsários argelinos e outra por holandeses, que o levaram para a Holanda, onde aportou após uma viagem de sete meses. Por Breve do Papa Inocêncio X, de 14 de agosto de 1647, foi nomeado primeiro Custodio da Custódia de Santo Antônio, já Independente da Província de Portugal. Celebrou capítulo a 21 de janeiro de 1649, aceitando-se nele a fundação em Macacu, RJ. Era religioso perfeito e prelado observantíssimo. Saindo a visitar os conventos da parte sul, veio da Bahia até São Paulo por terra, porque as costas do sul estavam infestadas por holandeses. Fez toda a jornada a pé, mais de 300 léguas. De São Paulo desceu a Santos, onde, no Convento de Santo Antônio, o encontrou a morte, carregado de anos e cheio de merecimentos, a 13 de janeiro de 1650.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 041.
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Na referência bibliográfica Livro de Óbitos da Província de Sto. Antônio - 1584-1957, de Fr. Menandro Rutten, tem a seguinte descrição:
Frade sacerdote, natural de Portugal. Guardião nos conventos da Bahia e do Rio de Janeiro, custódio. Com 70 anos de idade foi a pé da Bahia a São Paulo, que são mais de 300 léguas. Faleceu no Convento de Santos, no dia 13 de janeiro de 1650.
