Pregador, Europeu. No século se chamava Francisco Xavier da Costa, natural e batizado na freguesia de Santa Maria de Carvoeiro, arcebispado de Braga. Filho legítimo de Manuel da Costa Ramalho e de sua mulher Maria Lopes, ambos naturais da mesma freguesia e arcebispado. Foi tonsurado, crismado e ordenado de Ordens Menores em Braga pelo Senhor Arcebispo Dom Gaspar (de Bragança, + 18 de janeiro de 1789). Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 12 de maio de 1797, sendo guardião o lr. Ex-Definidor Fr. Manuel Luís da Madre de Deus. Professou no mesmo convento nas mãos do guardião o lr. Ex-Leitor Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro, aos 20 de maio de 1798, sendo de idade de 27 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome Fr. Francisco da Maternidade. Com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802), foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro a 19 de setembro de 1801, pelo Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7º bispo da dita cidade. Foi mudado para o Convento de Santa Clara de Taubaté. No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802 foi eleito confessor de seculares. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 saiu eleito presidente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos em Cabo Frio; mas não teve exercício. Foi admitido ao estudo na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 elegeram-no presidente do Convento de São Francisco da vila da Vitória; mas renunciou. Foi eleito pregador por graça apostólica no capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811, em que também saiu eleito presidente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, que não exercitou. Foi nomeado porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro na congregação intermédia de 24 de abril de 1813. A 4 de novembro de 1814, pela renúncia do lr. Pregador Fr. Francisco de Sant’Ana Morato, foi eleito guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). Elegeram-no guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté no capítulo celebrado a 18 de abril de 1818. Na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819 foi removido em guardião para o Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Fez renúncia deste emprego aos 31 de outubro de 1820. Depois de celebrado o capítulo de 20 de outubro de 1821 foi exercer o lugar de coadjutor na freguesia de São Gonçalo em Campos (Goitacazes, RJ), por provisão do Exmo. Sr. Bispo do Rio de Janeiro Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833). Tendo de motu próprio abandonado esse emprego para tornar ao grêmio de sua corporação na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826 foi eleito presidente e porteiro do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Em fins de outubro de 1828 apresentou uma provisão do Exmo. Sr. Bispo do Rio de Janeiro, Dom José Caetano da Silva Coutinho, para paroquiar em uma das freguesias do recôncavo do Rio de Janeiro (Itambi). A 20 de maio de 1830 entrou morto pela portaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro e no seguinte dia foi sepultado na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1201.
