Conteúdo

Natural de Salzbergen, diocese de Osnabrück, Alemanha, onde nasceu aos 23 de julho de 1904, foi Frei Filóteo Sand aceito no colégio de Garnstock, Bélgica, entre os irmãos religiosos leigos, no dia 21 de maio de 1925. No ano de 1926 veio para o Brasil, e em Blumenau, SC, foi escalado para trabalhar na cozinha. Em 6 de junho de 1928 passou para o convento de Rodeio, SC, para dar início ao noviciado da Ordem Primeira franciscana. Feitos os primeiros votos em 9 de junho de 1929, foi solicitada aos superiores, sua volta à cozinha do convento e colégio de Blumenau, querido que era dos alunos e confrades pela sua presteza, afabilidade e bons serviços. Com alegria retornou ele ao antigo cargo, e o exerceu com a mesma dedicação. Mas já depois de dois anos foi surpreendido por uma doença traiçoeira, à qual ele se opôs em silêncio até que as forças o traíram. Confirmado pelos médicos o diagnóstico de uma diabete em avançado estado, esta exigiu seu internamento no hospital Santa Isabel. Após algumas semanas de rigorosa dieta e tratamento, voltou ao convento, pois, se aproximava a data da profissão solene, o que se deu em junho de 1933. Não voltou mais aos seus antigos afazeres na cozinha, mas ingressou com simplicidade e fé na dura escola do sofrimento. Estamos lembrados que nessa época não havia ainda para os diabéticos a facilidade do recurso à insulina, e assim as forças vitais foram-se consumindo paulatinamente. O que mais o deprimia era sentir-se inútil; por isso procurava ajudar aqui e ali, prestando pequenos favores e serviços, aventurando-se às vezes até em ajudar na cozinha. Rezava muito e piedosamente, redobrando as visitas ao Santíssimo Sacramento. Nos últimos dias de vida formou-se um abcesso no ouvido, que foi lancetado, sem muito resultado. Manifestavam-se alternadamente acessos de vômitos e sintomas de inconsciência. Num momento de lucidez foram-lhe administrados os sacramentos dos enfermos. Pelas 17 horas do domingo, dentro da oitava da festa da Ascensão do Senhor, 13 de maio de 1934, passou singelamente para a outra vida, acompanhado pelas orações que seus confrades piedosamente recitavam.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 151.