Pregador, Ex-Provincial, Europeu. No século se chamava Antônio Xavier Fernandes Cortês, natural e batizado na freguesia de Santo André de Gundissalves, termo e arcebispado de Braga. Filho legitimo de Manuel Fernandes Cortês, natural e batizado na sobredita freguesia de Santo André, e de sua mulher Ângela Maria, natural e batizada na freguesia de São Pedro do mesmo arcebispado de Braga. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 14 de agosto de 1792, sendo guardião o Ex-Leitor Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro. Professou com o mesmo guardião e no mesmo convento, aos 15 de agosto de 1793, Na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795 foi admitido ao curso filosófico que no convento de São Francisco em São Paulo regentou o Ir. Ex-Leitor Fr. Joaquim de Santo Leocádia. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799) foi ordenado sacerdote em São Paulo a 14 de abril de 1799. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. No capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 foi instituído pregador e confessor de seculares. Na congregação Intermédia de 28 de março de 1801 foi eleito presidente e comissário de Terceiros para o convento da Senhora dos Anjos de Cabo Frio, sendo confirmado nestes empregos e convento no capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 saiu eleito presidente do convento de São Francisco de São Paulo; porém, isentou-se. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 tornou a ser eleito comissário de Terceiros do convento da Senhora dos Anjos em Cabo Frio, e no mesmo convento continuou a exercer o dito ofício, não obstante no capítulo celebrado a 8 de outubro de 1808 ter sido eleito comissário de Terceiros para o convento de São Francisco da Vitória. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 saiu eleito guardião do convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Elegeram-no comissário de Terceiros para o convento da Senhora do Amparo de São Sebastião no capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 saiu eleito guardião do convento de São Luís da vila de Itu. Por morte do Pregador Fr. Francisco de Santa Bárbara, guardião do convento de Santa Clara da vila de Taubaté, foi eleito guardião do mesmo convento, aos 14 de novembro de 1815. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 elegeram-no guardião do convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião. Ficou confirmado nesta guardiania na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819. Aos 8 de janeiro de 1822 foi empossado dos privilégios de Ex-Provincial, por Breve do Senhor Internúncio Apostólico na Corte de Lisboa. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 foi eleito guardião do convento de Santo Antônio em Santos. Renunciou esta guardiania, pouco depois de tomar posse. Na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826 saiu eleito comissário de Terceiros do convento de São Francisco em São Paulo. No capítulo celebrado aos 9 de agosto de 1828 foi eleito guardião e comissário de Terceiros para o convento da Senhora do Amparo de São Sebastião No capítulo celebrado aos 7 de abril de 1838 elegeram-no comissário de Terceiros do convento de Santo Antônio em Santos. Sendo coadjutor da freguesia de Santana do Parnaíba, faleceu na cidade de São Paulo, aos 23 de junho de 1846, depois de munido de todos os sacramentos. Jaz sepultado no convento das Religiosas de Nossa Senhora da Luz.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1268.
