Pregador. Ex-definidor, brasiliense. No século se chamava Joaquim da Cruz Pinto, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Candelária da cidade do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Lourenço da Cruz, natural e batizado na freguesia de Santo Afonso extramuros da cidade do Porto, e de sua mulher Catarina da Conceição, natural e batizada na sobredita freguesia da Candelária da cidade e bispado do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel de São Roque (1751-1754). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 7 de setembro de 1754, sendo guardião o Pregador Fr. Tomás dos Serafins. Professou no mesmo convento, sendo guardião o Pregador Fr. Antônio de São Vicente Ferrer, aos 8 de setembro de 1755. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aberto pelo Ministro Provincial Fr. Arcângelo Antônio de Sá (1754-1757), e regentado pelo Ex-Leitor de teologia Fr. Francisco de Santa Teresa. Com patente do Ministro Provincial Fr. Francisco da Purificação (1757-1761) foi ordenado Sacerdote em São Paulo, a 17 de janeiro de 1760 pelo bispo diocesano Dom Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM. Foi instituído pregador, confessor de seculares e Comissário de Terceiros para o Convento de São Boaventura de Macacu, na congregação intermédia de 24 de julho de 1762. Ficou confirmado nesta comissária no capítulo celebrado aos 28 de janeiro de 1764 e na congregação intermédia de 27 de julho de 1765. Foi nomeado Comissário de Terceiros para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro no capítulo celebrado aos 27 de janeiro de 1770, sendo confirmado neste emprego e convento na congregação intermédia de 27 de julho de 1771 e no capítulo celebrado a 30 de janeiro de 1773. Em 1784 era morador no convento do Senhor Jesus da Ilha, assinando como discreto desta casa. No capítulo celebrado a de agosto de 1787 foi eleito guardião do Convento de São Boaventura de Macacu. Tornou a ser eleito para o mesmo emprego e convento no capítulo celebrado a 28 de agosto de 1790, sendo confirmado no mesmo lugar na congregação intermédia de 3 de março de 1792. Saiu eleito em Definidor da Mesa no capítulo celebrado aos 31 de agosto de 1793. Faleceu a 30 de março de 1823 na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, de um estupor, munido com todos os Sacramentos, vindo do Convento de São Boaventura de Macacu, onde era súdito, na idade de 84 anos, pouco mais ou menos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1142.
