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José Henrique Schmidt nasceu em Hardt, diocese de Colônia (Kõln), Alemanha, em 9 de abril de 1872. Do colégio franciscano de Harreveld, Holanda, veio para o Brasil, ainda como seminarista menor. Chegou dia 13 de junho de 1899, e 15 dias depois começou o noviciado, em 28 de junho, recebendo o nome religioso de Frei Ildefonso. Fez todos os estudos superiores em Blumenau, SC, e lá recebeu o sacerdócio, no dia 31 de janeiro de 1907. O ordenante foi Dom Duarte Leopoldo e Silva (1904-1907), bispo do Paraná e Santa Catarina. A primeira obediência o levou para Petrópolis, RJ. Mas lá trabalhou somente dois meses. Dia 21 de fevereiro de 1908, foi para Quissamã, RJ, substituir um sacerdote daquela paróquia, pelo espaço de seis semanas. Essas seis semanas se transformaram em 33 anos de estadia ali, pois, de lá nunca mais saiu. Sua vida sacerdotal foi de muito trabalho, de muito apostolado e de muito dinamismo. Serviu também como coadjutor e vigário em paróquias dependentes de Quissamã, como a paróquia de Dores da Macabu, RJ. Ali construiu em lugares próximos cinco capelas das quais duas em Paciência, uma no Elesbão, outra no Ribeirão das Pedras e a última em Serrinha. Percorria com zelo infatigável essas capelas, acima relatadas, bem como as de Conde de Araruama e Guriri, algumas de difícil e penoso acesso Era Frei Ildefonso pessoa popularíssima. Levava o apelido de "coronel", pelo qual era chamado pelo povo e até pelo bispo Dom Agostinho Francisco Benassi (1908-1927). Sempre se mostrou alegre, risonho, bonachão, doando-se indistintamente a todos: doentes e moribundos, pobres e ricos, brancos e - negros, jovens e adultos, velhos e crianças, consumindo-se pelo reino de Deus. Após sua morte foram encontrados propósitos de seu último retiro: “Nenhum momento quero perder na ociosidade. Quero ocupar bem todo o meu tempo. Quero preparar-me bem para cada prática...". Em abril de 1940 esteve bem mal de saúde. Foi salvo pelo médico amigo da casa, mas não esperou convalescer. Pôs-se logo a visitar novamente as capelas. Como depois piorasse muito, foi trazido para o convento de Santo Antônio, no Rio de Janeiro, RJ. Internado na Casa de Saúde São José, faleceu dia 20 de setembro de 1941. O bispo, confrades, povo e a imprensa ressaltaram, por ocasião de sua morte, sua piedade, bondade, alegria e disponibilidade. Foram elas as características mais marcantes de seu grande coração e, que o fizeram sempre querido e estimado no seu vasto campo de apostolado.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 245.