Confessor, Ex-Definidor, Ex-Provincial, Europeu. No século se chamava Maurício José Nunes da Costa, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora do Rosário da vila de Valezim, bispado de Coimbra. Filho legítimo de Tomé Inácio Nunes, e de sua mulher Catarina Teresa da Costa, ambos naturais e batizados na mesma freguesia e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de Sant'Ana Flores (1793-1791). Tomou o hábito no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, aos 31 de dezembro de 1794, sendo guardião o Ex-Leitor Fr. José Mariano do Amor Divino. Fez profissão para frade do coro no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, nas mãos do guardião Fr. José de São Joaquim Cardozo, aos 25 de fevereiro de 1794, sendo de idade de 27 anos e tomando por nome Fr. Maurício da Encarnação. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799), foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro, aos 6 de maio de 1798 pelo Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7° bispo da sobredita cidade. Entrou no estudo de filosofia, que se abriu no convento de São Francisco em São Paulo, de que foi Lente o lr. Ex-Leitor de Prima Fr. Francisco da Candelária; mas não continuou por moléstia. No capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 foi instituído confessor de seculares, A 10 de março de 1800 foi admitido ao estudo da Língua Geral Brasílica. Em 1806 apresentou um Breve de poder existir e morar fora da Religião (Ordem) e se despediu do claustro. Regressando depois ao grêmio da corporação, passados poucos dias. Foi eleito em 22 de outubro de 1825 guardião do convento de Santo Antônio em Santos, vago pelo falecimento do guardião Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro. Foi confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826. Em 3 de julho de 1827 foi pelo Reverendo Definitório declarado Ex-Provincial, ex gratia, em observância de um Rescrito da Sé Apostólica, obtido pelo Senhor Bispo Capelão-Mor Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833). No capítulo celebrado aos 9 de agosto de 1828 saiu eleito Definidor da Mesa. Por falecimento do guardião Fr. Joaquim de Santa Margarida, em 27 de janeiro de 1837, foi eleito guardião do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro; depois de 7 dias renunciou esta guardiania. Faleceu em casa do visconde de Praia Grande, na rua do Ouvidor, Rio de Janeiro. Foi sepultado no claustro do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, onde lhe fizeram os sufrágios, aos 12 de agosto de 1837.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1239.