Lente, brasiliense. Natural de Santos, filho de Manuel Alves (Alvares) da Cunha e Maria Gonçalves Calassa Lessa. Neto paterno de João da Cunha e Maria Alves (Alvares). Neto materno de Gregório Gonçalves Lessa e Catarina Gonçalves Calassa. Os avós paternos, naturais da freguesia de Nossa Senhora da Boa Viagem, bispado do Porto. O avô materno de Matosinhos, bispado do Porto. A avó materna de São Vicente, bispado de São Paulo. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, em 12 de junho de 1729. Exerceu o ofício de Comissário de Terceiros do Convento de São Francisco, de São Paulo, de 1736 a 1738. Foi lente de teologia. Quando residia, com licença régia, na freguesia do Sumidouro de Mariana, MG, na fazenda do Gualacho do Sul, propriedade de seu sobrinho Dr. Antônio José Ferreira da Cunha Muniz, foi nomeado pelo Ministro Provincial, Fr. Francisco da Purificação, Comissário e Visitador das Ordens Terceiras da Penitência eretas nas Minas Gerais, em 1757 (15 de novembro). Erigiu canonicamente a Ordem Terceira de Mariana, em 1758 (1º de agosto). O Ministro Provincial, Fr. Manuel da Encarnação, lhe suspendeu a jurisdição sobre as Ordens Terceiras em Minas, em 1761. Seu sucessor, o Ministro Provincial Fr. Inácio da Graça, tornou a dar-lhe a incumbência de Comissário e Visitador Geral de todas as fraternidades da Ordem Terceira em Minas, no ano de 1764. Em 1776 (25 de janeiro) estava no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro: fez um batizado de escravo da mesma casa. Em 1778 achava-se em Santos «em casa de uns irmãos ou parentes seus, e como até agora tem vivido disperso de sua Religião (Ordem), valendo-se do indulto de uns passaportes que há tempos obteve de S. Majestade e do seu (Ministro) Geral algumas licenças, o que tudo deve ser abolido». Em 1782 devia estar ainda entre os vivos, pois figura no Alfabeto dos Religiosos iniciado naquele mesmo ano.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 765.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1782.
