Pregador, europeu. No século se chamava Francisco da Cunha Pinto, natural e batizado na freguesia de Santa Marinha de Avança, bispado do Porto. Filho legítimo de Manuel da Cunha Pinto e de sua mulher Alaria da Silva, ambos naturais da mesma freguesia e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793). Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 24 de fevereiro de 1792, sendo guardião o Ex-definidor Fr. Manuel de Santo Tomás. Professou aos 25 de fevereiro de 1793, no sobredito convento, sendo guardião o lr. Ex-Leitor de Teologia Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro. Entrou no estudo de filosofia, de que foi Mestre o Ex-Leitor de Prima Fr. Francisco da Candelária, eleito no capítulo celebrado em 31 de agosto de 1793. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799), foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro a 3 de março de 1798. Conferiu-lhe as Ordens o Exmo. Sr. D. José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), V bispo da sobredita cidade. Saiu eleito pregador e confessor de seculares na congregação intermédia de 24 de março de 1798. No capítulo celebrado aos 28 de setembro de 1799 elegeram-no presidente e Comissário de Terceiros do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, mas pediu mudança para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, depois do exercício de 6 meses, e ficou morando neste mesmo convento. No capítulo celebrado aos 5 de outubro de 1805 foi eleito presidente do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro; mas renunciou. Com patente do Visitador geral Fr. Joaquim da Santíssima Trindade Netto, foi presidente in capite do Convento de Santa Clara de Taubaté, no ano de 1808. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 saiu eleito guardião do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Saiu eleito Comissário de Terceiros do Convento de São Francisco de Vitória, no capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811. No capítulo celebrado aos 15 de outubro de 1814 foi eleito guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté. A 30 de outubro de 1815 faleceu repentinamente no mesmo convento durante o exercício da mesma guardiania. Fizeram-lhe os sufrágios no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, a 11 de novembro de 1815. Foi orador sacro muito apreciado.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1088.