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Frei Gregório Kürpick nasceu no dia 20 de janeiro de 1878 em Altensenne, diocese de Paderborn, Alemanha. Aos 14 anos ingressou no seminário de Harreveld, Holanda. Durante o tempo dos estudos entusiasmou-se pelo trabalho missionário e assim veio, ainda estudante para o Brasil no dia 3 de dezembro de 1894, aportando em Olinda, PE. Neste grupo missionário (6ª expedição) a Província da Saxônia, Alemanha, enviou pela primeira vez, juntamente com 15 religiosos, 27 alunos seminaristas menores e candidatos a irmãos religiosos leigos. Deles lembramos alguns futuros sacerdotes e irmãos que trabalharam na nossa Província: Frei Gaspar Flesch +1959 ; Frei Hugo Mense +1944 ; Frei Ambrósio Johanning +1951, Frei Basílio Röwer +1958 e, entre outros, os irmãos Frei André Wegener +1957 e Frei Elias Steinrücken +1960. Em Blumenau, SC, completou Frei Gregório, os estudos preparatórios. Lá recebeu também o hábito franciscano em 9 de maio de 1897 e o sacerdócio em 21 de setembro de 1902. A primeira ocupação, depois da ordenação, foi a de professor no seminário em Blumenau, onde ele mesmo estudara. Depois, até o fim da vida, atuou na pastoral em: Curitiba, PR, Petrópolis, RJ; Rio de Janeiro, RJ; São Paulo, convento São Francisco; Quissamã, RJ; Curitibanos, SC; Amparo, SP; Santo Amaro do Cubatão, atual Santo Amaro da Imperatriz, SC; Santo Antônio do Pari, SP e Porto União, SC. Queremos destacar sua atividade em Porto União, para onde foi transferido em 1918, trabalhando ali juntamente com o venerável Frei Rogério Neuhaus. Nesta época, Porto União era uma das paróquias mais extensas da Província; ia ela da divisa do Estado do Paraná até a do Rio Grande do Sul. Cortada de norte a sul, pela estrada de ferro do Rio do Peixe, contava 359 quilômetros. O trem e a mula eram seus veículos de locomoção. Nesta situação a cura de almas era um trabalho exaustivo e extenuante, mesmo assim feito com alegria e disponibilidade. Do ano de 1914 até o final de 1917 encontramos Frei Gregório como guardião do convento do Amparo, e ao mesmo cargo e mais o de pároco em 1929 a 1932 no Pari, em São Paulo, e ainda de 1932/34, em Santo Amaro, em Santa Catarina. Pela sua grande caridade, piedade, paciência e bondade, para com todos, fossem eles confrades ou pessoas seculares, deixou sempre muito boas recordações. Alheio a toda e qualquer ostentação, sua caminhada foi a de um verdadeiro Frade Menor, na simplicidade e sinceridade do coração. Procurou não se tornar pesado a ninguém, dando continuidade o exemplo nas boas obras, na observância regular, no espírito de oração e na integridade de vida. Já sofria há tempos do coração. Foi também o que lhe causou a morte. Faleceu às 5:00 horas da manhã do dia 9 de novembro de 1940, no convento de São Benedito, na cidade de Amparo.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 233.