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Gaúcho de Marau, atual diocese de Passo Fundo, RS, nasceu Frei Odilon Stolfo no dia 20 de abril de 1919, filho de colonos de descendência italiana. Em 17 de dezembro de 1938 recebeu em Rodeio, SC, o burel do Pai Francisco, como irmão religioso terceiro. Feitos os primeiros votos, enviado ao convento do Senhor Bom Jesus de Curitiba, PR, para ali auxiliar nos trabalhos da cozinha. Aparentemente dava a impressão de gozar de muito boa saúde, pois, tinha uma aparência forte e sadia, na realidade qualquer trabalho o esfalfava. Como sofresse do estômago, pensava encontrar ali a causa de seus males. Na noite de 21 de abril de 1940, teve dores abdominais que se tornaram tão insuportáveis, que exigiram a presença do médico. Este constatou a ruptura do apêndice. A operação foi ainda realizada na mesma noite. Infelizmente a infecção soporada transformou-se em peritonite, sem solução para a medicina da época (a não existência ainda da penicilina e das sulfas). Seu estado de saúde tornou-se desesperador. Aceitou o que o Senhor lhe pedia, oferecendo espontaneamente a vida a Deus e participando até das orações dos moribundos. Faleceu sem qualquer agonia no dia 29 de abril de 1940, pelas 19:30 horas. A Sr. Arcebispo Dom Ático Eusébio da Rocha (1935-1950) foi ao velório, fazendo encomendação particular. Para o enterro estiveram presentes a comunidade religiosa e alunos do Colégio Bom Jesus. Depois da operação (dia 22/04), os familiares receberam notificação do grave estado de saúde de Frei Odilon. O pai viajou logo, mas devido aos péssimos meios de comunicação e transportes da época, só chegou depois do enterro do filho. Profundamente abatido, sentiu-se, todavia, consolado pelo passamento tão conformado do filho e prometeu que se outros filhos ou filhas mostrassem vocação religiosa, seriam oferecidos ao Senhor com alegria. Ainda que a morte tivesse arrebatado Frei Odilon com apenas 21 anos, seu passamento foi realmente uma libertação, pois, ao ser operado do apêndice, os médicos constataram outras mazelas internas que lhe teriam trazido em tempos futuros, muitos e prolongados sofrimentos.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 229.