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Nascido dia 20 de janeiro de 1870, em Münster, na Westfália, Alemanha, Frei Lamberto Weingãrtner recebeu o hábito religioso em 20 de setembro de 1891, no convento de Harreveld, Holanda. No ano de 1894 veio para o Brasil. Como encontrasse insuperáveis dificuldades nos estudos superiores, devido à sua cabeça um tanto fraca, seus responsáveis religiosos hesitaram bastante em lhe conceder licença para receber as Sagradas Ordens. Consultaram até o fundador da missão brasileira Frei Gregório Janknecht, que o recebera na Ordem. Ele o julgou apto para ao menos celebrar a Santa Missa. Foi ordenado sacerdote dia 27 de fevereiro de 1901. Dos seus anos de vida religiosa, passou os últimos 20 na residência de Nossa Senhora do Desterro, em Quissamã, RJ, mas devido seu estado de saúde mental, nunca trabalhou na pastoral. Frei Lamberto mostrou-se sempre um filho humilde de São Francisco e levou sua cruz com muita resignação e paciência. Foi querido pela sua simplicidade, diria, simploriedade. Cultivava a caridade fraterna e se julgava ter ofendido a alguém, pedia-lhe mil desculpas. Sujeitava-se também sempre e prontamente às ordens dos superiores. Era incapaz de qualquer ação maliciosa ou de má fé. Veio a sentir-se mal durante a meditação da tarde. Levado ao quarto, já sem sentidos, foi-lhe ministrada a Sagrada Unção. Faleceu de derrame cerebral ainda pouco antes da meia noite, no dia 23 de março de 1938, aos 68 anos de idade, 46 de vida religiosa e 37 de sacerdócio. Quando vieram para a missa matinal das 5:30 horas no dia 24, os quissamãenses ficaram muito surpresos, ao receberem a notícia do passamento de Frei Lamberto. Na véspera tinham ainda participado do Santo Sacrifício, por ele celebrado. Foi o primeiro franciscano que faleceu em Quissamã, e repousa no campo santo da cidade. Diante do Senhor a vida de Frei Lamberto certamente não foi inútil.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 199.