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Nasceu Frei Paulino Tingelhoff em Bochum, diocese de Paderborn, Alemanha, no dia 29 de junho de 1894. Desde jovem sentiu o chamamento para a vida religiosa e missionária. No ano de 1912 chegou ao Brasil, e no seminário menor de Blumenau, SC, terminou os estudos ginasiais. No convento de Rodeio, SC, recebeu no dia 20 de janeiro de 1916 o hábito franciscano, e foi ordenado em Petrópolis, RJ, aos 17 de dezembro de 1921. Nos nove anos que seguiram, trabalhou em paróquias do Estado de Santa Catarina e Rio Grande do Sul (ainda então território da Província da Imaculada Conceição, até 1957), deixando em todos os lugares, entre os fiéis, a lembrança de muita afabilidade e grande zelo sacerdotal. Em agosto de 1930 veio transferido para o convento do Sagrado Coração de Jesus, em Petrópolis; mas certamente nem ele nem os demais poderiam supor, que oito dias depois de sua chegada, seguiria o mesmo caminho do confrade recentemente falecido Frei Jorge Hoolmanns. Já na primeira noite em Petrópolis sentiu indisposição que degenerou em crise e foi diagnosticada como apendicite aguda. Como é praxe nesses casos, providenciou-se logo- a operação, realizada pelo Dr. Nélson Sá Earp Filho (por decênios dedicado amigos dos franciscanos, +1989), com a assistência de mais dois médicos, mas não pôde ser concluída, por não ter sido encontrado o apêndice. Foram tentadas outras soluções, até com recurso a especialista, mas infelizmente nada deu resultado. Não podendo mais receber a Eucaristia, devido aos vômitos contínuos, pediu Frei Paulino, que ao menos lhe colocassem sobre o peito, o cibório com as hóstias consagradas, para que o pudesse oscular. Piedosamente atendido, entregou-se confiante às mãos do Pai. Pouco mais de uma hora durou sua agonia, quando o anjo da morte veio libertá-lo dos sofrimentos desta vida, na noite do dia 30 de agosto de 1930. A muitos parece incompreensível quando Deus pede o sacrifício da vida em idade ainda jovem (completara Frei Paulino apenas 36 anos). Outros refletem sobre os insondáveis caminhos do Pai, oferecendo a prece pela alma que partiu. Estes últimos foram assaz numerosos, e compungidos acompanharam na tarde do dia 31 de agosto, o filho de São Francisco, para a última morada.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 125.