O Definitório, seguindo orientação do Capítulo Provincial de 2003, decretou a abertura de uma nova fraternidade provincial, a partir de janeiro de 2006, na cidade de Verdelândia, no Norte de Minas, na Diocese de Janaúba. Uma equipe de frades, tendo conhecido a realidade social e eclesial e realizado atividades pastorais no local, constatou a viabilidade do projeto. Assim, no Conselho Plenário da PSC, realizado nos dias 17 a 19 de outubro, em Betim, foi reafirmado o desejo da criação de uma fraternidade em Verdelândia. A nova fraternidade, nomeada pelo Definitório, será composta pelos frades: José Aguinaldo Querobino, Edivaldo Alves Nunes, Edson Máximo Ribeiro e Francisco Alexandre Viana.
Frades contam como foi a chegada em Verdelândia
No dia 09 de fevereiro de 2006, viemos de mudança para Verdelândia. Frei Edson Máximo e eu, Frei Francisco Alexandre Viana. Quem nos trouxe foi Frei Vicente da Silva Lopes. Chegamos por volta das 16h. 30min. E tão logo descarregamos nossas coisas, Frei Vicente retornou, pois pernoitaria em Montes Claros.
Começamos a arrumar e distribuir os móveis e malas pela casa, quando recebemos a visita de boas vindas de moradores do bairro de Janaíba, onde moramos. E, compadecidas pelo cansaço de nós, frades, eles nos convidaram para um lanchinho à base de muita pizza e refresco. No dia seguinte foram os moradores de Cachoeirinha que vieram nos desejar as boas vindas.
No dia 10 de fevereiro, recebemos a visita de Frei Eduardo Metz e Frei Luciano Brod.
As pessoas daqui são muito acolhedoras, de uma simplicidade e fé fantásticas. Aos poucos vamos percebendo isto, quer seja na pressa e esperança em plantar a semente após a primeira chuva ou as abóboras, ovos, bananas, leite, seriguela e água que recebemos em nossa casa. Percebe-se no rosto a alegria por nossa presença, bem como a vontade de aprender, de conhecer o novo. Aos poucos, vai se tornando claro para eles, o tipo de presença que propomos, diferente de párocos de Verdelândia, o que de início gera certa frustração. Também tive a felicidade de ser surpreendido em meu aniversário, por duas festas-surpresa, organizadas pelos moradores de Janaíba e Cachoeirinha.
Depois, Frei Edson teve contato com o grupo de jovens de Cachoeirinha e eu com algumas religiosas, incluindo a coordenadora da CRB, que mostrou sua alegria pela nossa chegada e a dos frades da misericórdia à CRB Regional. Participamos de uma profissão religiosa, de uma irmã Filha da Pobreza e Caridade de São Caetano, onde fomos apresentados à comunidade de Jaíba pelo Padre Valdeci.
Quando chegou Frei José Aguinaldo, fomos, em seguida, à Janaúba providenciar a conta bancária e o telefone para nossa casa. Nos encontramos com Dom Mauro, que nos acolheu e trocou algumas idéias conosco, mostrando-se muito próximo, feliz e esperançoso com nossa presença.
E assim vamos caminhando. Que Santa Clara nos ajude a clarear nossos olhos e dos frades da fraternidade provincial pela busca de uma vivência mais sincera, corajosa e justa como frades menores.
Pela manhã do dia primeiro de maio, aconteceu a primeira Marcha do Trabalhador de Verdelândia. Reunimo-nos na comunidade de Santo Antônio (do Barreiro do Rio Verde), onde iniciamos a missa. Esta foi presidida por Frei Augusto Uiterwaal, que veio de Montes Claros com mais alguns amigo para nos auxiliar.
No dia 11 de maio, na missa, presidida pelo nosso Ministro Provincial, Frei Luciano Brod, inauguramos oficialmente a nossa casa.
Irmã Clara, Verdelândia: Em outubro de 2008, após um período de discernimento por parte do Definitório provincial, assessorado pelo Secretariado de Evangelização e Missão e pela comissão constituída para estudar a viabilidade do projeto, após as visitas à fraternidade e ao novo bispo diocesano, o Definitório provincial tomou a decisão de encerrar o projeto. Os móveis e equipamentos da fraternidade serão transferidos para a fraternidade do Noviciado. Os irmãos que se empenharam nesse projeto em nome da Província receberam novas nomeações.
Fonte: RSC 2005, p.299
Por Frei Francisco Alexandre Viana
Fonte: RSC 2006, p.29-31 e 110-111
Fonte: RSC 2008, p.372.
