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Lugar de presencia y acción

  • Identificador:
    11919
    Descripción:
    OFM/PSC Paróquia Franciscana Imaculada Conceição
    Tipo de presencia:
    Fecha inicial:
    1911
    Fecha final:
    1986
    Notas sobre este lugar de presencia/acción:

    Monte Belo, no Sul de Minas, pertinho de Cabo Verde e Muzambinho, surgiu como povoado em 1865, quando duas famílias construíram uma ermida, dedicada à Imaculada Conceição, doando a essa Capela do Lopes 40 alqueires de terra. Essa informação agradecemos a Frei Marcos Monteiro Rodrigues que foi o último vigário franciscano de Monte Belo (1986) e foi exatamente ele que escreveu sobre as origens dessa paróquia. Com ele a palavra: ... esse povoado de Nossa Senhora da Conceição de Monte Belo foi elevado à freguesia pela Lei Provincial de Minas Gerais nº 3.079 de 06/11/1882. Pela provisão de 23/12/1985 do bispo de São Paulo, Dom Lino Deodato Rodrigues de Carvalho, foi instituída a paróquia, sendo o 1º vigário o P. Elias Alves de Morais Navarro. Até 1914 sucederam-se vários vigários que residiram em Cabo Verde ou Muzambinho. (SC. 1985, p.449).

    Quando nosso Frei Martinho Tiesselinck foi encarregado da paróquia de Cabo Verde no dia 01/11/1911, tomou posse também da paróquia vaga de Monte Belo, visitada por ele regularmente. Em agosto de 1912, Cabo Verde ganhou seu superior, Frei Benigno van Osch que, como coadjutor residindo em Cabo Verde, tomava conta de Monte Belo. Frei Martinho foi gozar férias na Holanda (05/06/1914) e foi substituído por Frei Bonifácio van Emmerik, o qual, a pedido do bispo, foi morar em Monte Belo, onde um padre apóstata paulista estava seduzindo os incautos católicos. Com calma, Frei Bonifácio consertou as coisas e o padre apóstata sumiu de lá. Também Frei Bonifácio saiu de Monte Belo, porque, desde 07/01/1915, ficou lá por 19 anos o nosso Frei Francisco Stienen. (Frei Sabino: 25 anos... p.118s).

    Espiritual e materialmente a paróquia estava num estado deplorável: o povo muito indiferente e a matriz uma ruína. Frei Francisco, zeloso e piedoso, em poucos anos animou os católicos e aprumou a matriz, a qual ficou pronta em 1920, com novos paramentos e mobília; a casa paroquial iniciada em junho de 1921, já estava habitável em novembro e, no início de 1922, estava prontinha. (foto da igreja em 25 anos... p.118).

    À paróquia de Monte Belo pertenciam as capelas de Santa Cruz, Monte Cristo e Tuiuti (Juréia) (tuyú-ty= lameiro branco)-(yurê= a ponta notável, cabo), essas duas últimas construídas e providas do necessário por Frei Francisco. A capela de Santa Cruz precisa ser aumentada e reformada, mas por enquanto falta dinheiro para isso.

    Em Monte Belo, durante quase 20 anos, exerceu o paroquiato como outro Cura d'Ars. Isso diz tudo. Só Deus sabe, pois Frei Francisco não falava nem escrevia de si e do povo; não publicava seu pastoreio, senão por atos e fatos. Era ele um verdadeiro outro Cristo que se projetava diante dos seus paroquianos. Até hoje sua memória está viva em Monte Belo (07/01/1915 - 27/06/1934).

    A 07/06/1934, Frei Francisco foi à Holanda em férias, sendo substituído em Monte Belo por Frei Mário Cornelissen. Foi nessa época, na noite de 5 para 6 de novembro, que em Monte Belo foi cometido um tremendo sacrilégio: furtaram as hóstias consagradas, a pedra d'ara e os livros litúrgicos. Pelo povo indignado foram feitos exercícios de reparação. Pelo Capítulo de Weert (terra de Frei Francisco) em 05/09/1934, Frei Francisco foi nomeado vigário substituto em Taquari, RS, e depois, lá mesmo, padre espiritual dos seminaristas.

    Para Monte Belo foi nomeado Frei Cirino Teernstra, vindo de pároco de Corinto. Ele, com seu caráter idêntico de Frei Francisco, continuou o mesmo pastoreio; aproveitando suas habilidades de construir e gravar em madeira e cobre, enfeitou mais sua matriz. Para afervorar a vida religiosa dos seus paroquianos, chamava sempre os professores do Santo Antônio de São João Del que nas suas férias pregavam missões.

    Assim para a Semana Santa em 1936, o infatigável Frei Cirilo conseguiu a honrosa assistência do Revmo. P. Comissário Frei Serafim Lunter... com grande concorrência do povo de todos os bairros da freguesia. Houve 1.500 comunhões, das quais a metade de homens; o trabalho das confissões, bem repartido por todos os dias, nunca foi demasiado, embora para um só padre nessa ocasião tivesse acumulado demais ou até impossível na Quarta e Quinta-feira Santas, (SC.1936, p.59).

    Mais assistência: Passou suas férias de junho em Monte Belo o Revmo. P. Frei Helano van Koppen, pregando dois tríduos, um na sede e outro em Tuiuti (=Juréia), em honra do Sagrado Coração de Jesus. Ambos os tríduos foram bem freqüentados.

    Frei Cirino foi nomeado vigário e superior em Pirapora; virá para Monte Belo Frei Alfredo Waardeloo que era coadjutor em Cavalcante (Rio) (SC. 1938, p.113).

    Último relatório de Frei Cirino.

    Frei Cirino se foi, mas deixou seu relatório sobre 1938: 700 batizados, 120 casamentos, 10.000 SS. Comunhões, 260 pregações, 80 Extremas Unções. Foram aumentadas as capelas de Tuiuti, a matriz com duas capelas laterais e foi iniciado o aumento da capela de Santa Cruz. Semanalmente há distribuição de mantimentos entre os pobres em honra de Santo Antônio. Esforcei-me por obter para Monte Belo a criação de cidade. Mais por acaso do que por habilidade diplomática consegui ainda na última hora despertar minha gente da letargia e trazê-la à colaboração e concórdia. Se a concórdia. Se a concórdia, depois da inauguração da cidade (Decreto-Lei nº 148 de 17/12/1938), continuou, não sei. Duvido. É preciso acrescentar que Frei Zacarias arranjou para o povo de Monte Belo uns amigos políticos, o que era bem preciso, pois os amigos de Muzambinho sumiram de repente. Não tinham ninguém por si: nem em Muzambinho nem em Belo horizonte. O próprio povo reconhece o muito que neste particular deve aos Franciscanos. O ex-vigário Frei Cirino. (SC. 1939, p.182s)

    Frei Alfredo.

    O primeiro sinal de vida paroquial Frei Alfredo dá em seu relatório sobre 1939: Duas paróquias, com 20.000 católicos, 5 igrejas e capelas, 198 pregações, 727 batizados, 4.500 confissões, 8.000 comunhões, 104 Extremas Unções, 17 Terciários. O vigário. (SC. 1940, p.53). E neste relatório, nada de casamentos? Ou o Frei ou o tipógrafo passou por cima!

    Em 1941 Frei Alfredo volta a informar Nos primeiros e terceiros domingos há missa em Monte Belo nos segundos em Tuiuti, nos quartos em Santa Cruz; e quando há cinco domingos, em Monte Cristo. Em Trompovski e na roça, algumas vezes num dia de semana.

    Há 10 centros de catecismo com 800 alunos. As Associações religiosas são: Pia União de Santo Antônio, Apostolado, Liga Católica, Ordem Terceira, Obra dos Tabernáculos, Cruzada Eucarística, Pia União das Filhas de Maria e Conferência de São Vicente de Paulo. O vigário. (SC. 1941, p.75).

    Em 1942 no Relatório de 1941, Frei Alfredo já se informou melhor: Conforme os dados estatísticos de recenseamento, a população do Município de Monte Belo é de 14.180... Trabalhamos para terminar a construção da matriz com um salão grande, ligado à sacristia, para reuniões. Mais tarde serão construídas as torres que até agora faltam à matriz. Frei Alfredo. (SC. 1942, p.135).

    Em 29/10/1942, o bispo diocesano de Guaxupé, Dom Hugo Bressani de Araújo mandou uma carta ao vice-comissário em ação, Frei Zacarias van der Hoeven, oferecendo a paróquia a se criar em Tuiuti, podendo o vigário de Tuiuti residir em Monte Belo. Ao que Frei Zacarias em 04/11/1942 respondeu: Consultaremos o Sr. Vigário de Monte Belo. E em 17/12/1942, Frei Zacarias comunica a D. Hugo: Conclusão das informações a respeito do desmembramento da paróquia de Monte Belo. E no mesmo dia, Frei Zacarias escreve a Frei Alfredo: Comunicação do precedente. Em 30/12/1942, Frei Zacarias mandou para Frei Alfredo: Resposta ao seu telegrama sobre o desmembramento da paróquia - Arquivado. (SC.1943, p.5, 7, 18).

    Toda essa correspondência bastante criptográfica sobre a aceitação da paróquia de Tuiuti, mudou pouca coisa na vida de Frei Alfredo, pois já tomava conta de Tuiuti e ficou residindo em Monte Belo. Mudou sim, porque no começo de 1944, Frei Simeão van den Akker, coadjutor em Cabo Verde, foi transferido para Monte Belo como coadjutor.

    Primeiro de fevereiro. Chegou o novo coadjutor das paróquias de Monte Belo e Juréia (=Tuiuti) o Revmo. P. Frei Simeão van den Akker. Para comemorar dignamente o centenário do Apostolado e da Liga Católica, houve renovação das Santas Missões na paróquia de 8 a 16 de julho.

    Frei Simeão não chegou a completar um ano em Monte Belo, porque em fins de novembro foi nomeado superior da nossa comunidade em Cascadura (Rio).

    Não sei, mas me parece que o único coadjutor de Frei Alfredo foi Frei Simeão, e me parece que, por santo que fosse esse Frei Simeão, não conseguiu adaptar-se à vivência em Monte Belo com Frei Alfredo que já se acostumara demais a viver sozinho. E honra seja feita, ele sozinho dava conta de tanta coisa, de tantas viagens pastorais, de tantas reuniões também com suas muitas Associações para crianças, moças, senhoras e senhores, e isso durante 24 anos! E sempre com o mesmo entusiasmo.

    Frei Alfredo foi internado em fins de 1946 no Hospital de Muzambinho com perna machucada. Ele caíra num buraco do soalho e machucou a perna, continuando, porém, a atender chamados a doentes; a ferida piorou de tal maneira que o médico local aconselhou tratamento num hospital. E parece que tudo correu bem, pois sem mais sem menos Frei Alfredo foi confirmado, em janeiro de 1947, como vigário de Monte Belo e Juréia... sozinho! Em 1948, na nossa revista, nada de novo de Frei Alfredo; nenhuma notícia. Então, como se diz: nenhuma notícia, é boa notícia. E sobre 1949 teríamos de dizer a mesma coisa de nada de novo, mas Frei Osório da Silva Santos trouxe uma coisa muito boa. Com ele a palavra: Dia 13 de junho, cheguei a Monte Belo. Aqui temos um lugar que não nega o nome. De fato, Monte Belo é belo e ainda mais bela é a alma do seu povo. Durante dez dias, junto com o P. Lívio da Congregação dos Padres de Sião, pregamos missões em Monte Belo, Juréia e Santa Cruz. Por toda parte muita gente... muita ordem e verdadeiro espírito religioso. O povo em massa aproveitou os dias das santas missões, recebendo os sacramentos. Os resultados foram estupendos. Ficamos muito satisfeitos e damos nossos sinceros parabéns ao venerando, mas zeloso vigário Frei Alfredo. Frei Alfredo colhe os frutos de seus antecessores, especialmente de Frei Francisco. Povo religioso, ordeiro, obediente à voz do seu vigário.o povo sabe rezar e cantar admiravelmente.

    E veio a nova Província de Santa Cruz, com seu primeiro capítulo provincial em dezembro de 1949. Na lista capitular consta como vigário em Monte Belo Frei Alfredo e Frei Tarcísio Appelboom como vigário em Juréia.

    Decerto foi boa idéia nomear Frei Tarcísio para Juréia, para aliviar assim o muito trabalho de Frei Alfredo. Em princípios de fevereiro Frei Tarcísio tomou posse da freguesia de Juréia .

    Em tempo. Durante 12 anos, Frei Tarcísio continuou em Juréia; depois foi nomeado vigário também de Monte Belo, donde ficou tomando conta de Juréia, com o que, decerto, o povo de Juréia ficou sentido. Nossos padres continuaram em Monte Belo até 1986. Então... a pedido de Dom José Alberto Lopes de Castro Pinto, bispo diocesano de Guaxupé, o nosso Definitório resolveu entregar a paróquia à Diocese. O atual vigário, Frei Marcos Monteiro Rodrigues, está preparando a entrega e pretende sair de Monte Belo no início de outubro. (Comunicação do Provincialado, em SC.1986, p.251). E outra notícia do Provincialado, comunica o novo destino de Frei Marcos: vigário paroquial em Ubá. (SC. 1986, p.378). Assim depois de 75 anos de pastoreio franciscano, Monte Belo, já totalmente transformada, tem seu pároco diocesano. Que sejam felizes!

    Por Frei Helano van Koppen

    Fonte: Nossas Paróquias Mineiras, págs. 25-29.

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SATLER, Fabiano Aguilar. OFM/PSC Paróquia Franciscana Imaculada Conceição. Red Internacional de Estudios Franciscanos en Brasil. Disponible en: http://riefbr.net.br/es/content/ofmpsc-paroquia-franciscana-imaculada-conceicao. Accedido en: 19/01/2025.