Pregador, brasiliense. No século se chamava Manuel da Conceição, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora dos Remédios da vila de Parati. Filho legítimo de Mateus da Conceição e de sua mulher Maria Francisca de Oliveira, naturais da mesma vila, e todos do bispado do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de Sant’Ana Flores. Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 23 de junho de 1796, sendo guardião o Pregador Fr. José de São Joaquim Cardozo. Professou no mesmo convento, sendo guardião o Definidor Fr. Manuel Luiz da Madre de Deus, aos 8 de dezembro de 1797, sendo de idade de 23 anos pouco mais ou menos e tomando por nome Fr. Manuel de Santa Apolônia. Entrou no estudo de filosofia no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aberto no capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799. Com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802) Foi ordenado Sacerdote no Rio de Janeiro, em 28 de fevereiro de 1801, pelo Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805) 7º bispo da dita cidade. Foi eleito confessor de seculares no capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802. No capítulo celebrado aos 5 de outubro de 1805 saiu eleito pregador e nomeado presidente do Convento de São Francisco da vila da Vitória, sendo confirmado no mesmo emprego na congregação intermédia de 11 de abril de 1807; mas pouco tempo exercitou. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 saiu eleito presidente do Convento de São Luís da vila de Itu. Mas, por troca que fez, ficou exercendo o dito ministério no Convento de São Boaventura de Macacu. Foi nomeado presidente do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis, RJ) na congregação intermédia de 14 de abril de 1810. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 saiu eleito presidente e Comissário de Terceiros para o Convento de São Boaventura de Macacu. A 25 de outubro de 1814, pela renúncia que fez da guardiania do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, o Pregador Fr. Vicente Férrer foi eleito em seu lugar para o mesmo emprego que também renúncia por haver ao mesmo tempo conseguido do Exmo. Sr. Núncio Apostólico uma licença de dois anos para viver fora do claustro na companhia de seus pais. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi eleito presidente e Comissário de Terceiros para o Convento de São Luís de Itu; não exercitou este emprego. Na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819 saiu eleito guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté. Foi eleito presidente do Convento de São Francisco de São Paulo no capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 elegeram-no presidente e Comissário de Terceiros para o Convento de Santo Antônio de Santos. Com Breve Pontifício passou para o clero secular do bispado de São Paulo, no ano de 1824.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1156.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1824.