Pregador, brasiliense. No século se chamava José de Souza Siqueira, natural e batizado na freguesia de São Sebastião de Taipu, bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Manuel de Souza, e de sua mulher Ana Maria, ambos naturais da cidade de Lisboa. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808). Tomou o hábito no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, no dia 1º de fevereiro de 1807, sendo guardião o Pe. Ex-Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção. Professou no mesmo convento, aos 2 de fevereiro de 1808, sendo guardião o Pe. Mestre Jubilado Fr. Joaquim de Santa Leocádia, tendo de idade 24 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome Fr. José do Amor Divino. Tomou ordens até o Diaconato inclusive, no Rio de Janeiro, em 1809 e 1810. Conferiu-lhas o bispo diocesano Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833). Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi admitido ao estudo no Convento de São Francisco de São Paulo, tendo por lente de Artes o Ex-Leitor Fr. João do Espírito Santo. Com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho (1808-1811) foi promovido à Ordem de Presbítero, aos 16 de junho de 1811. Conferiu-lha o Exmo. Sr. D. Mateus de Abreu Pereira, bispo de São Paulo. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814, foi nomeado confessor de seculares e pregador. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi eleito em presidente do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, mas não exerceu este emprego por um aviso de Sua Majestade (Dom João VI) que o mandava conservar-se no Hospital Real Militar por Capelão, onde já se achava no tempo de sua eleição. Em outubro de 1823 apresentou um Breve de Sua Santidade o Papa Pio VII, em que lhe permitia viver fora do claustro em qualidade de clérigo secular, unicamente enquanto vivessem seus pais. Finalizou seus dias na freguesia de Jacarepaguá e ali jaz enterrado.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1144.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1833.
