Padre Mestre Jubilado, Brasiliense. No século se chamava Inácio Leite de Oliveira, natural e batizado, aos 22 de novembro de 1767, na freguesia de Nossa Senhora da Penha de Araçariguama, bispado de São Paulo. Filho legitimo de José Leme de Oliveira, natural da freguesia de Nossa Senhora da Candelária de Itu, e de sua mulher Justina Leite da Silveira, natural da sobredita freguesia de Araçariguama; neto pela parte paterna de Francisco Leme de Alvarenga; natural da freguesia de ltu, e de Rosa de Oliveira, natural da freguesia de Sant’Ana de Parnaíba; e pela parte materna de Antônio da Silveira Gularte, natural da freguesia de Nossa Senhora da Ajuda da Ilha do Faial (Açores) bispado de Angra, e de Maria Leite da Silva, natural da freguesia de Araçariguama. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, sendo guardião o Ex-Leitor Fr. José Carlos de Jesus Maria Desterro, aos 15 de julho de 1792. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião aos 16 de julho de 1793. Entrou no estudo de filosofia aberto no convento de São Francisco em São Paulo de que foi Lente o lr. Ex-Leitor de Teologia Fr. Joaquim de Santa Leocádia. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim de Jesus Maria Brados (1796-1799) foi ordenado sacerdote em São Paulo, a 6 de agosto de 1797 pelo Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Foi instituído confessor de seculares na congregação intermédia de 24 de março de 1798. No capítulo celebrado a 28 de setembro de 1799 foi eleito pregador e juntamente passante para o estudo de filosofia no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Na congregação intermedia de 28 de março de 1801 foi eleito Lente de Teologia Dogmática e Moral, a instancias do Exmo. Sr. Dom José Joaquim Justiniano Mascarenhas Castelo Branco (1774-1805), 7° bispo do Rio de Janeiro, que o autorizou com provisão sua para ler esta faculdade (disciplinas) e ensiná-la ao clero de sua diocese. Deu princípio a este emprego a 12 de fevereiro de 1801, com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802). No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802, foi eleito Lente de Filosofia para o Seminário de São José, tendo já dado princípio a sua cadeira no mês de fevereiro de 1802, com patente do sobredito Ministro Provincial. Veio assim a ocupar 3 cadeiras no dito Seminário de São José no Rio de Janeiro, com provisão do Senhor Bispo Diocesano. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi eleito Lente de Artes para o convento de São Francisco em São Paulo. Com patente do lr. Visitador Geral Fr. Manuel Luís da Madre de Deus serviu de presidente in capite do mesmo convento, em 1805. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807 elegeram-no Lente de Prima para o estudo do convento de São Francisco de São Paulo. Saiu eleito guardião do convento de Santa Clara em Taubaté na congregação intermédia de 14 de abril de 1810. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 elegeram-no guardião do convento de São Francisco da cidade de São Paulo, e Regente do estudo novamente aí aberto. Por súplica da câmara da vila de Itu foi eleito Lente de Filosofia para os estudantes seculares daquela vila, no capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814. Com patente do lr. Visitador Geral Fr. José de Santa Miquelina serviu de presidente in capite do convento de São Luís de Itu. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi declarado Mestre Jubilado e novamente eleito Lente de Filosofia da sobredita vila. Ultimamente (desde 1829), vinha dirigindo o seminário da mesma vila de Itu, com aprovação do Exmo. Sr. Bispo de São Paulo Dom Manuel Joaquim Gonçalves de Andrade. Faleceu no convento de São Luís da vila de Itu no dia 28 de agosto de 1841, de uma enfermidade interna, na idade de 74 anos, tendo sido munido apenas com o sacramento da Unção dos Enfermos. Jaz sepultado no convento de São Luís de Itu.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1254.
