Frei Leopoldo van Winkel já em dezembro de 1914, foi indicado para ser o 1º vigário franciscano de Pirapora, onde de fato, chegou no dia 1º de fevereiro de 1915, com grande recepção, tomando posse em Pirapora da imensa paróquia de Guacuí, com Buritizeiro, Várzea da Palma e Lassance: uma verdadeira prelazia. Em março chegaram mais Frei Brás Berten e nosso irmão carpinteiro-construtor, Frei Alberto Graulich. Trataram da construção de uma nova casa paroquial e do acabamento da nova matriz que desde o dia da posse, era considerada a sede da imensa paróquia.
A Paróquia de São Sebastião de Pirapora, fundada em 1915, abrangia uma grande área geográfica: mais de 14.000 Km (quadrados), englobando os atuais municípios de Pirapora, Buritizeiro, Várzea da Palma e Lassance.
Aos 21 de junho de 1916, o bispo de Diamantina entregou a paróquia de Morro da Garça aos nossos, nomeando Frei Leopoldo vigário, o qual de Pirapora devia tomar conta de mais essa enorme paróquia, à qual pertencia Curralinho (=Corinto). Quem de fato cuidava dessa nova paróquia era o coadjutor de Pirapora, Frei Brás Berten, viajando para lá e para cá, até resolver residir em Corinto desde 22/02/1917.
A situação religiosa de Pirapora exigia que o vigário Frei Leopoldo e o coadjutor Frei Jorge de Boer pudessem dedicar todos os seus esforços só para sua paróquia que, por seu tamanho (mais de 14.000 km2) e ainda pela mescla de raças e religiões, como também por seu clima insalubre (malária e febre amarela), já era bastante problemática. O relatório sobre 1915 nos dá uma idéia sobre a situação religiosa da paróquia: 463 batizados, dos quais 63 filhos naturais, 106 casamentos, dos quais 22 legitimados, 7.810 comunhões, das quais 534 na visita pastoral, 46 Extr. Unções, 31 viáticos, 29 óbitos registrados, 13 encomendações, 12.000 habitantes, dos quais mais baianos do que mineiros, muitos crentes, espíritas, macumbeiros e maçons; 80% é de forasteiro, vindos de lugares de pouca ou nenhuma assistência religiosa; a população é instável, sempre se mudando, e obrigando os padres a começar sempre de novo, na formação dos seus paroquianos na catequese e nas boas Irmandades, que desde a sua chegada fundaram: Apostolado da Oração, Liga Católica, Cruzada Eucarística, Filhas de Maria, Irmandade do Santíssimo, Conferência de São Vicente, Associação de São José e Doutrina Cristã.
Frei Leopoldo ainda teve a satisfação de inaugurar a nova casa paroquial (18/04/1916) e a nova matriz (10/03/1918) na Praça Coronel Ramos, com a solene bênção, feita pelo P. Comissário, Frei Júlio, e a transladação das imagens da antiga capela na Praça Cariris. Ele ainda foi em férias e muito pesaroso foi nomeado (02/01/1920) diretor do nosso ginásio Santo Antônio em São João Del Rei.
E Frei Brás Berten veio para Pirapora como seu novo vigário. Com o dinheiro, ajuntado pelo vigário interino, Frei Jorge de Boer, Frei Brás rebocou a nova casa, fez melhoramentos na nova matriz e ganhou de presente 42 bancos. Em maio de 1922, seu irmão Júlio trouxe a Pirapora o provincial holandês Frei Simão Bennenbroek, em visita canônica ao nosso Comissariado. S. Revmª aqui também insistiu na propagação da Ordem Terceira para formar família franciscana, o que decerto, ia aumentar as vocações franciscanas. O resultado desta visita canônica foi mesmo a fundação da Ordem Terceira no dia 03 de outubro de 1923. No dia seguinte, outra novidade: a publicação do 1º número do Mensageiro Paroquial São Francisco de Assis, impresso na nossa nova tipografia local de Frei Leão Stoffels.
Em novembro de 1924, a matriz ganhou (ó Frei Brás pidão) as imagens para a Semana Santa.
Frei Brás construtor era mesmo incansável e irresistível em pedir auxílios para poder construir. Além dos melhoramentos na casa paroquial, ele construiu no próprio quintal uma pequena tipografia; com licença especial de Frei Paulo, mandou fazer uma pequena casa para a cozinheira D. Ermita; a licença do superior, porém veio com uma cláusula típica da época - que não haja nem janela nem porta para o quintal...! pois havia na casa e no quintal também clausura papal!... e perigosa!
Na torre da matriz foi colocada uma cruz (14/01/1928), a nova parte da matriz foi inaugurada com a presença de Frei Hilário Verheij (02/09/1928), foi colocado o relógio na torre (29/06/1930), foi bento o novo altar de mármore (07/12/1930, foi iniciada a construção da capela do Bom Jesus, no bairro Vai-quem-quer (29/06/1930, hoje Rua 13 de maio), num terreno doado pelo Sr. José da Cruz Silveira. Na tipografia de Frei Leão eram impressos o Mensageiro Paroquial, aumentado agora com o título São Francisco, o Santuário de S. Antônio de Divinópolis, o Ofício de N. Senhora, o Cantate Dómino, livrinho de cantos religiosos.
A messe é grande, operários, porém, poucos valem sem a menor dúvida, de Pirapora, onde os poucos padres tinham suas constantes viagens paroquiais ao Distrito de Buritizeiro, Guaicuí, Várzea da Palma, Porto Faria, Lassance, Santa Rita, Buritis da Estrada, Buritis das Mulatas, Bom Jesus (Pedras) etc. Tudo isso para os Freis Brás, Jorge e Roberto: este, porém em 1928, foi transferido para Corinto. Em abril de 1929, o P. Provincial da Holanda, Frei Regalato Hazebroek, fez sua visita canônica em Pirapora e ficou admirado como tanto trabalho poderia ser feito só por dois padres e um Irmão. Mas foi só em outubro de 1930 que chegou mais um padre, o novato Frei Oto Rijnierse, que mal-mal ambientado, já foi transferido para Cordisburgo.
Em outubro chegou a hora de Frei Brás trocar com Frei Hilário, o que, apesar das lamentações e abaixo-assinados dos respectivos paroquianos, se realizou: Frei Brás par Divinópolis e Frei Hilário para Pirapora.
Frei Hilário Verheij em ação logo que chegou, sempre auxiliado por seus confrades Frei Jorge e Frei Leão. Em 04/06/1932 fundou a Pia União das Filhas de Maria. Um mês depois, Pirapora foi inundada, não pelo Rio São Francisco, mas por uns 2.000 emigrantes baianos que, por causa da revolução paulista, eram impedidos de seguir viagem para São Paulo. Essa massa de flagelados ocupou e preocupou bastante a cidade e deu aos freis uma boa oportunidade de ajudá-los espiritual e corporalmente. Muitos deles tiveram meios de voltar para a Bahia, outros sumiram e uns 500 que ficaram foram admitidos pela Prefeitura para fazer estrada para Várzea da Palma.
Grandes mudanças estavam para alterar a vida de Pirapora. A tipografia de Frei Leão com seu auxiliar Joaquim Inácio Pereira, com a impressão de vários folhetos paroquiais (de Pirapora, de Cordisburgo e de Corinto e até de Divinópolis), merecia um centro melhor de divulgação e de manutenção. Nesse sentido o P. Comissário, Frei Serafim Lunter, achou melhor transferir toda a tipografia para o centro do Comissariado, Divinópolis, onde ele esperava editar também uma revista dos frades, a Santa Cruz. De fato, em outubro de 1935, a transferência se realizou: toda a tipografia de Pirapora, inclusive Frei Leão e Joaquim e todo o material da nossa tipografia do jornal A Família de Teófilo Otoni, tudo foi para Divinópolis, onde a nova tipografia foi instalada na antiga carpintaria e começou a funcionar desde o princípio de 1936.
Começara assim o grande êxodo em Pirapora, completado com a morte da nossa boa cozinheira D. Ermita Sisnandes (18/01/1936) e com a transferência do vigário Frei Hilário para Teófilo Otoni.
Frei Jorge de Boer, que fora coadjutor de 1916 a 1920 e de 1934 a 1936, foi nomeado vigário de Pirapora e tomou posse em 22/11/1936. Tinha um muito bom coadjutor, Frei Hildebrando van Petten. Aí ele foi transferido para Corinto: em seu lugar aqui chegou Frei Leobino Kraakman.
Em 04/04/1937, Frei Jorge completou 25 anos de sacerdote; esse jubileu foi festejado solenemente e o jubilado ganhou (para a paróquia) uma linda capa de asperges e (em dinheiro, também para a paróquia) um conto de réis. Frei Jorge era muito estimado, pudera! Pois ele era bom demais, ele era a paciência e a piedade em pessoa, muito consciencioso, para não dizer escrupuloso.
Em maio de 1938 Frei Leobino foi transferido para Caravelas.
Com o falecimento de Frei Jorge em 30/06/1938, Frei Luis Geldens que estava como vigário interino, voltou para Corinto: foi nomeado vigário de Pirapora, com Frei Hildebrando van Petten como coadjutor, Frei Cirino Teernstra.
Frei Cirino veio bastante animado para Pirapora: a cidade estava aumentando e o Alto cada vez mais habitado. Era preciso aumentar a matriz e construir uma bem grande no Alto, pois o número de espíritas, macumbeiros e protestantes estava aumentado também. Frei Cirino ficou tão mal impressionado com a maçonaria que dela criou uma teimosa fobia; ele via vestígios maçônicos até nos emblemas artísticos pintados na matriz.
Que pena! Frei Cirino ainda organizou com os Redentoristas umas boas missões; também a Semana Santa foi muito boa. Mas o ambiente ficou desfavorável ao bom vigário, tanto na cidade como em Guaicuí. Em casa ele era tão agradável, brincalhão, bom hospedeiro, bom confrade vizinho de nós em Corinto. E como ele gostava do Rio São Francisco! Frei Cirilo foi transferido para Abaeté com incumbência especial para Morada Nova.
Frei Godeberto Crijs, o novo vigário chegou no dia 09 de julho de 1941, formando com Frei Hildebrando e Frei Leão uma boa comunidade. As diversas Associações vieram conhecer o novo vigário. Na casa paroquial logo foi feito um retoque com uma boa limpeza. Foi convidado para tomar parte na comissão Pró-ginásio. Foi dar aulas de religião às professoras. No distante paredão, Frei Godeberto foi fazer a festa, após um intervalo de 5 anos. A festa foi muito boa, parecia uma missão, com bons sermões sobre seu assunto preferido a eternidade! e muitas crismas.
Em 28 de outubro de 1941, Frei Hildebrando partiu como vigário para Ipiranga (=Daltro Filho); em seu lugar veio Frei Alexandre Noordeloos.
Melhoramentos, pois em 22 de dezembro de 1941, duas Irmãs Batistinas aqui chegaram para preparar a fundação do Ginásio São João Batista que, de fato foi inaugurado no primeiro de março de 1942.
Em setembro de 1942, Frei Alexandre, vomitando sangue, teve de ausentar-se da paróquia para um tratamento em Belo Horizonte. Frei Antônio Muré veio substituí-lo (08/10/1942). Mesmo com esses contratemos, a nossa paróquia estava melhorando cada vez mais e o trabalho dos frades começou a dar mais frutos
Frei Godeberto ainda em 04/02/1942, proibido expressamente de fazer parte do corpo docente do ginásio de Pirapora (onde havia coeducação, proibida pela Santa Sé), em março foi nomeado vigário de Teófilo Otoni, o que, porém, foi desaconselhado por um médico por causa do clima; então, de fato, foi ser professor no nosso ginásio de Pará de Minas.
Frei Rodrigo Verkoijen veio então como vigário para Pirapora no dia 11 de março de 1943, sendo recebido pelo coadjutor Frei Afonso, que estava acometido por forte crise de impaludismo. Foi nessa ocasião que a paróquia recebeu a visita do Cônego Sebastião Fernandes com sua campanha da Obra da Associação de São José pelas vocações diocesanas: zelosíssimo, incansável e pente fino para conseguir boas contribuições financeiras em nossas paróquias. O novo vigário começou muito bem: ele mesmo pregou um tríduo para a Páscoa dos Homens no domingo de Ramos de 1943... 600 homens! A Semana Santa foi muito boa. Frei Rodrigo, porém ficou mal impressionado pela fraquíssima presença de crianças nas missas; logo inventou a missa das crianças e, com a cooperação das professoras, deu ótimo resultado.
Durante a gestão de Frei Rodrigo foi lançada a primeira pedra de Santo Antônio no Alto (1944).
No fim de 1945 Frei Rodrigo foi nomeado vigário em Muzambinho (Sul de Minas).
Frei Joaquim van Kesteren, veio como vigário para Pirapora, onde chegou no dia 16/02/1946, bem recebido por Frei Afonso, Frei Leão, pelo P. Paulo e ainda por Frei Hilário, ex-vigário, que viera quebrar um galho, pois Frei Rodrigo já havia saído. Foi pena este não ter aguardado a chegado do novo vigário, pois Frei Joaquim se viu envolvido em problemas de dívidas atrasadas, numa paróquia pouco rendosa, com uma casa paroquial velha, em constantes consertos, com avanço de protestantes e com o caso de um fazendeiro protestante comprar uma fazenda com capela católica inclusive (sem escritura passada à Mitra!). Mas Frei Joaquim jogou-se nesse redemoinho com toda a sua tradicional energia.
Paróquia grande e quente? Sei missas dominicais, no centro e nos bairros? Então, de bicicleta! Frei Afonso, a convite do diretor, o P. Paulo, foi dar aulas de religião no ginásio. Frei Joaquim teve boas iniciativas: obra das vocações franciscanas, seminaristas para Santos Dumont, formar bolsas de estudo, campanhas de orações pelas vocações, campanha de assinaturas do jornal O Domingo de São Paulo, com uma folha especial para Pirapora A Semente, em pouco tempo 200, 500, 800, em julho já 1.500 assinaturas, sendo as Filhas de Maria as missionárias do jornal na cidade e também na roça: parecia vento impetuoso de um novo Pentecostes. E de repente, chocaram-se suas idéias renovadoras com outras idéias mais tradicionais a respeito do ginásio, criou-se um mal entendido, entraram o nosso superior e o arcebispo, e Pirapora perdeu um grande vigário trabalhador. Foi pena! Frei Joaquim foi transferido como vigário substituto em Abaeté, para onde partiu no dia 07 de agosto de 1946.
Frei Afonso Muré foi nomeado vigário com Frei Celestino coadjutor. O bom de Frei Leão, sempre doente, viajou com seu enfermeiro, Irmão Antônio da Rocha, para Divinópolis. Frei Afonso, bem ambientado em Pirapora durante anos, com calma foi resolver os problemas. A Escola paroquial Santo Antônio teve de desocupar quanto antes o prédio em construção do Hospital Benjamin Guimarães. Ele contratou um bom construtor para fazer os alicerces e levantar paredes sem rebocar da nova escola Santo Antônio. A 27/10/1946 foi lançada a primeira pedra com ata, documentos e dinheiro da atualidade numa urna que na mesma noite foi... roubada! Mas os trabalhos continuaram devagar, mas sempre. O coadjutor Frei Celestino foi de férias à Holanda e foi substituído por Frei Antonelo de Guijter. Ainda em março, dia 21, Frei Afonso convocou os interessados para a primeira reunião do Círculo Operário, que em 06/07/1947 fez sua Assembléia Geral com eleições. O Círculo Operário criou sua própria Escola primária Cristo Rei. Você vê que a paróquia borbulhava de atividades. Só o mês de maio, com suas tradicionais coroações diárias, perdeu sua graça, porque Dom Serafim permitiu essa boa manifestação da religiosidade popular só no dia do encerramento do mês. Deve ter tido suas razões.
Frei Antonelo foi para Carlos Prates e veio o novo coadjutor, Frei Rogério Yedema, em julho de 1947.
Graças a Deus, o nosso povo do sertão é muito bom, muito caridoso, bastante religioso. Com jeito os padres conseguem sempre muita coisa. Em 1949 a paróquia podia contar com quatro padres: Frei Afonso, Rogério e Celestino que voltara da Holanda e o P. Paulo, diretor do ginásio diocesano; bom companheiro. E Frei Celestino, em sua pesada motocicleta, viajava pela zona rural que, só em Buritizeiro, já tinha sempre dois giros enormes e penosos. Frei Celestino fez um giro e Frei Rogério o outro. Nos dias 9 a 22 de janeiro, o movimento paroquial ainda aumentou mais com a campanha das vocações franciscanas que Frei Osório da Silva Santos veio fazer; foi uma boa campanha de pregações e de contribuições financeiras: 14 contos de réis.
Uma paróquia para crescer, precisa de constantes campanhas e festas animadas, como ainda houve aqui: grande festa popular em honra de N. Senhora Aparecida (ainda em setembro), e pouco depois, em outubro, santas missões em Várzea da Palma e na nova e bonita capela de Santa Rita, onde houve bons resultados, decerto graças aos PP. Redentoristas, mas graças também ao mandão local que, durante as missões, permitia só cerveja e nada da branquinha...
Ma Pirapora não seria Pirapora, se não tivesse bastante mistura de baianos e mineiros, de católicos, crentes, espíritas, maçons, adeptos de macumba e de candomblé, de meretrício, de jogo, de bebedeiras, etc. A navegação trazia de tudo da Bahia, e a Central (hoje a Rede) outro tanto do Rio: o bem e o mal. Frei Afonso se queixava sempre da má fama que se dava à sua paróquia, mas em compensação o movimento religioso local não era relativamente pior do que em outras paróquias nossas e até estava melhorando cada vez mais. E assim bem animada, nossa nova Província de Santa Cruz, que na sua lista capitular constituiu assim a comunidade local: Frei Afonso, vigário com os coadjutores Frei Celestino e Frei Fernando Stokman, que veio em lugar de Frei Rogério, transferido para nossa comunidade de Cascadura (Rio).
Alguns frades que também trabalharam em Pirapora: Frei Pedro Schretlen, Frei Arnaldo Belles, Frei Fernando Stokman, Frei Sebastião Jans, Frei Constâncio Mallens, Frei Leonardo Brauun, Frei Oswaldo Koot, Frei Ronaldo Zwinkels, Frei Leto de Azevedo, Frei Saulo Tavares Cabral, Frei Isidro Bottega Frei Valério Heisen, Frei João José van de Slot, Frei Antônio Teófilo da Silva Filho, Frei Helano van Koppen, Frei Feliciano van Sambeek, Frei Célio de Oliveira Goulart, Frei Jorge Geerlings etc. e muitos outros.
Atualmente (1996) estão residindo em Pirapora os frades: Frei Fortunato van Vugt, vigário paroquial, Frei Teodoro Verkuijlen, pároco e Frei Cornélio van Velzen, guardião e vigário paroquial.
Atualmente a Paróquia de Pirapora consta de 15 comunidades, cada qual com seu Conselho, Pastoral Bíblica, Catequese, dízimo... A assistência dos freis é organizada através de um calendário mensal e para isso tem contado muito com a participação de leigos.
Segundo o pároco, Frei Teodoro Verkuijlen, são muitos os desafios para a nossa presença franciscana nestas terras banhadas pelo Rio São Francisco: a criminalidade tem aumentada assustadoramente; a pobreza é constante na periferia da cidade; a natureza, grande riqueza da região, vem sendo destruída sem pudor.
A paróquia tem se envolvido com movimentos ecológicos que têm como objetivo preservar o patrimônio divino que é o Rio São Francisco. Rio este que tem grande importância econômica, cultural e existencial. Econômica, porque boa parte dos moradores da cidade vivem da pesca ou do turismo oferecidos pelo rio. Culturalmente, porque o rio inspira muitas poesias e músicas. Existencial, pois é uma das grandes veias do nosso país e vem sendo mal tratado pelas indústrias e carvoarias.
A paróquia conta, ainda, com um amplo Centro pastoral, construído graças à venda de duas escolas que a paróquia tinha nesta cidade. Tal Centro é constituído de um grande salão com palco, três salas para reuniões, cozinha, dispensa e uma pracinha (Praça Frei Teodoro) com uma bela capela. (SC. 1996, p.321). Vale a pena conhecer Pirapora!
Os últimos franciscanos que trabalharam em Pirapora foram: Frei Marco Túlio de Oliveira, Frei Moisés José Bastos e Frei Pedro José de Assis, eles foram transferidos com a entrega da paróquia em dezembro de 2000.
Por Frei Helano van Koppen
Fonte: Nossas Paróquias Mineiras, págs.35-41
Fonte: RSC 1996, págs.320-321.