Confessor, Ex-Definidor, Brasiliense. No século se chamava Vitorino Inácio da Costa, natural e batizado na freguesia de São Sebastião de Araruama, bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo de Cipriano Inácio da Costa, natural e batizado na freguesia da Sé do Rio de Janeiro, e de sua mulher Francisca Dorotéia da Motta, natural e batizada na freguesia de Nossa Senhora da Assunção de Cabo Frio. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de Parma (1825-1828). Tomou o hábito para frade do coro no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 18 de março de 1825, sendo guardião Fr. Joaquim de São Jerônimo. Professou no mesmo convento e mãos do dito guardião, aos 19 de março de 1826. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim de São Daniel (18281831), ordenou-se sacerdote a 21 de junho de 1830. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833), 8º bispo do Rio de Janeiro. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 foi nomeado confessor de seculares. Serviu de Secretário da visita feita pelo Ministro Provincial Fr. Henrique de Sant’Ana (1831-1834). Na congregação intermédia de 23 de fevereiro de 1833 foi eleito guardião do convento da Senhora do Amparo em São Sebastião. No capítulo celebrado a 23 de agosto de 1834 saiu eleito guardião do convento da Senhora da Penha, sendo confirmado nesta guardiania na congregação intermédia de 27 de fevereiro de 1836. No capítulo celebrado a 7 de abril de 1838 elegeram-no Definidor da Mesa. No capítulo celebrado a 24 de abril de 1841 foi eleito Ministro Provincial. Renunciou, porém, este emprego. Na congregação intermédia de 31 de outubro de 1842 saiu eleito guardião do convento de Nossa Senhora da Penha. Conservou-se nesta guardiania até 1847. No capítulo celebrado a 30 de outubro de 1847 foi nomeado Secretário e Procurador geral da Província. Foi eleito guardião para o convento de Nossa Senhora da Penha na congregação intermédia de 22 de maio de 1849, na qual serviu como Definidor adjunto. No capítulo celebrado a 17 de agosto de 1850 saiu eleito guardião do convento da Senhora dos Anjos em Cabo Frio, sendo confirmado nesta guardiania na congregação intermédia de 18 de fevereiro de 1852. No capítulo celebrado a 28 de maio de 1853 foi eleito guardião e comissário de Terceiros para o convento de Nossa Senhora do Amparo de São Sebastião. Renunciou estes empregos e aos 6 de junho de 1853 foi nomeado guardião e comissário de Terceiros do convento da Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Continuou a exercer estes dois empregos até a sua morte. Foi nomeado Visitador Geral, e tendo tomado posse deste emprego aos 28 de novembro de 1855, presidiu o capítulo de 1° de março de 1856. Em 1858 tornou a ser proposto e confirmado pela Santa Sé no cargo de Visitador geral, emprego que renunciou por suas enfermidades. Em 1861 foi novamente nomeado Visitador geral. Tomou posse aos 6 de setembro de 1861, e celebrou capítulo em 8 de março de 1862. Faleceu no dia 6 para 7 de agosto de 1872 no convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, fortalecido com todos os sacramentos, administrados pelo R. Pe. Vigário da freguesia de Nossa Senhora da Assunção da mesma cidade. Jaz sepultado junto ao altar-mor desse convento.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1336.