Brasiliense, natural de Santos, onde nasceu em 1690. Era filho legítimo de Francisco Lourenço, cirurgião-mor da praça de Santos, e de D. Maria Álvares. Tomou o hábito em convento e ano não declarados. Em 1707 já era corista e colegial no Convento de São Francisco, de São Paulo. Passou mais tarde para a Europa, onde se incorporou na Província da Toscana (Itália). Formou-se em teologia na Universidade de Pisa. «Movido de afeto devoto», escreve Barbosa Atochado, «se resolveu venerar os lugares de Jerusalém, santificados com o sangue do Divino Redentor e, desprezando os incómodos da jornada, chegou àquela cidade e no convento que nela tem a Religião Seráfica habita presentemente (1752?), observando exatamente o seu instituto». Escreveu as obras seguintes em que mostra igual erudição que piedade: Mel de petra Sanctissimi Sepulchri Domini Jesu Christi... Ulyssipone, typis regalihus Sylvianis Regiaeque Academiae, 1742. 4º Elenchus Caeremoniarmn Terrae Sanctae. Lisbonae, typis Emanuelis Alvares Soares, 1754, 4º. Nota: Fr. Patrício de Santa Maria tinha 11 irmãos, dos quais 7 abraçaram a vida eclesiástica ou religiosa. Alguns tomaram um apelido Gusmão, pela muita estimada e amizade que o pai tinha ao padre Alexandre de Gusmão, SJ.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 436.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1754.