Pregador, ex-definidor, brasiliense. No século se chamava Miguel Duarte, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Vitória, da capitania do Espírito Santo, bispado do Rio de Janeiro. Filho legítimo do alferes Luís Duarte Carneiro, natural e batizado na freguesia de São Lourenço de Carvide, bispado de Leiria, e de sua mulher Maria Pereira dos Santos, natural e batizada na sobredita freguesia da Vitória e bispado do Rio de Janeiro. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 27 de janeiro de 1762, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 5 de abril de 1763. Entrou no estudo de filosofia do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aberto a 24 de janeiro de 1767. Foi ordenado Sacerdote em 10 de dezembro de 1768, no Rio de Janeiro pelo Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio do Desterro, bispo da dita cidade, com letras do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos. Foi instituído pregador e confessor de seculares na congregação intermédia de 30 de julho de 1774. Foi eleito presidente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos da cidade de Cabo Frio, na eleição capitular de 6 de outubro de 1781 e serviu de presidente in capite deste mesmo convento em 1783. Saiu nomeado Comissário de Terceiros para o Convento de Santa Clara de Taubaté, no capítulo celebrado a 25 de agosto de 1787. No capítulo celebrado aos 28 de agosto de 1790 elegeram-no guardião do Convento de São Francisco de Vitória. Foi eleito superior da Aldeia de Nossa Senhora da Escada, na congregação intermédia de 3 de março de 1792. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 saiu eleito guardião do Convento de Santa Clara de Taubaté. Elegeram-no guardião do Convento de São Francisco de São Paulo na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 foi eleito superior da Aldeia de Nossa Senhora da Escada. Saiu por Comissário de Terceiros do Convento de São Francisco de São Paulo na congregação intermédia de 24 de março de 1798. Foi eleito guardião do Convento de São Paulo, no capítulo celebrado aos 28 de setembro de 1799. Na congregação intermédia de 28 de março de 1801, saiu eleito guardião do Convento de São Francisco de Vitória. Foi eleito Definidor da Mesa, no capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802. No capítulo celebrado aos 5 de outubro de 1805 tornou a saiu eleito guardião do Convento de São Francisco de Vitória. Munido de todos os sacramentos, faleceu neste mesmo convento, sendo dele guardião atual, aos 24 de junho de 1806 e no dia 25 do dito mês lhe fizeram os sufrágios. Jaz na quadra em que se enterram os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1020.
