Confessor, europeu. No século se chamava Martiniano dos Santos, natural de Lisboa e batizado na freguesia de São Nicolau da dita cidade. Filho legítimo de Luís Alves da Costa e de sua mulher Teresa Maria de Jesus. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José do Nascimento. Tomou o hábito para frade do coro no Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, sendo guardião Fr. José das Neves, aos 6 de abril de 1738. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. Caetano de Santa Clara, aos 13 de 5 de 1739. Com patente do Ministro Provincial, Fr. Antônio da Conceição Godinho, foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro: tomou Ordens Menores a 18 e de Epístola a 20 de junho de 1747, conferiu-lhas Dom Fr. Antônio do Desterro, OSB, bispo da dita cidade. As de Evangelho a 24 e de Missa a 25 do dito mês e ano, e lhas deu Dom João de Seixas de Afonseca Borges, bispo de Ariópoli, por comissão de Dom Fr. Antônio do Desterro. Saiu eleito confessor de seculares no capítulo de 22 de outubro de 1757. Nomearam-no presidente do Convento de Santa Clara de Taubaté no capítulo de 24 de janeiro de 1761. Sendo esmoler do Convento de São Luís de Itu, trouxe para ele das Minas Gerais a avultada soma de 317$825, anteriormente a 1763. No capítulo de 28 de janeiro de 1764 foi eleito presidente do Convento de São Francisco de Vitória. Ficou confirmado no mesmo lugar e convento na congregação intermédia de 27 de julho de 1765, porém, não teve exercício. Foi nomeado porteiro do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, nas eleições capitulares de 13 de dezembro de 1777 assinou como pró-discreto deste Convento em 1778. Tendo recebido todos os sacramentos, faleceu no Convento de São Francisco de Vitória, aos 24 de agosto de 1790. Jaz sepultado na quadra dos religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 860.
