Pregador, Ex-definidor, Europeu. No século se chamava Manuel Francisco de Souza, natural e batizado na freguesia de Fermedo, bispado do Porto. Filho legitimo de José Francisco de Souza, e de sua mulher Joana da Rocha, ambos naturais e batizados na mesma freguesia e bispado. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho (1808-1811). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 21 de janeiro de 1811, sendo guardião Fr. Teotônio de Nossa Senhora da Guia. No mesmo convento fez profissão nas mãos do guardião Fr. Joaquim de Santa Leocádia, aos 23 de janeiro de 1812, tendo de idade 23 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome Fr. Manuel de Santa Perpétua. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 foi admitido ao estudo de filosofia aberto no convento de São Francisco em São Paulo, tendo por Lente o lr. Passante Fr. Francisco do Monte Alverne. Com patente do Ministro Provincial Fr. Alexandre de São José Justiniano (1811-1814) lhe conferiu todas as Ordens o Exmo. Sr. Bispo de São Paulo Dom Mateus de Abreu Pereira, no ano de 1814. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi eleito confessor de seculares. Foi nomeado pregador e presidente para o convento de São Francisco de São Paulo no capítulo celebrado a 18 de abril de 1818. Na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819 saiu eleito presidente do convento de São Luís de Itu, sendo confirmado na mesma presidência e convento no capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821, na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 e no capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 foi nomeado também porteiro do mesmo convento. Na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826 foi eleito guardião para o dito convento de São Luís de Itu. No capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828 elegeram-no guardião do convento da Senhora da Conceição de Itanhaém. Na congregação intermédia de 13 de fevereiro de 1830 foi transferido no mesmo emprego para o convento de Santo Antônio de Santos. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 tornou a ser eleito guardião do convento de Itanhaém, sendo confirmado na mesma guardiania na congregação intermédia de 23 de fevereiro de 1833. No capítulo celebrado a 23 de agosto de 1834 foi eleito Definidor da Mesa. No capítulo celebrado a 24 de abril de 1841 elegeram-no guardião do convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis); renunciando este emprego foi eleito pelo Definitório em 16 de fevereiro de 1842 guardião do convento de São Luís de Itu, emprego que aceitou. Exerceu este cargo ininterruptamente até sua morte, tendo sido confirmado consecutivamente em todos os capítulos e congregações intermédias. Achando-se de há muito enfermo, de avançada idade e quase cego, faleceu no convento de São Luís de Itu a 26 de maio de 1859, de uma congestão cerebral, apesar dos recursos que se empregaram para salvá-lo. Foi munido com todos os sacramentos. Jaz sepultado nos jazigos do mesmo convento. Sua morte foi assaz pranteada pelos habitantes daquela cidade, que muito o estimavam.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1321.
