Confessor, Europeu. No século se chamava Manuel José de Mattos, natural e batizado na freguesia de São Pedro da vila de Manteigas, bispado da Guarda. Filho legitimo de Manuel José de Mattos, natural e batizado na sobredita freguesia de São Pedro, e de sua mulher D. Emerenciana Maria da Natividade, natural e batizada na freguesia de São Nicolau da cidade do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. João de São Francisco Mendonça (1802-1805). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 18 de abril de 1803, sendo guardião o Ex-definidor Fr. Fernando Antônio de Santa Rita. Professou no mesmo convento para frade do coro, com o mesmo guardião, aos 19 de abril de 1804, sendo de idade de 22 (23?) anos, pouco mais ou menos e tomando por nome Fr. Manuel de Santa Isabel. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1804 foi admitido ao estudo. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808) ordenou-se do sacerdote a 28 de outubro de 1807. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Vicente Alexandre de Touvar, bispo de Titópolis e Prelado de Goiás, passando pelo Rio de Janeiro, em Sé Vacante. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 foi eleito confessor de seculares. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi nomeado porteiro do convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis). No capítulo celebrado a 12 de outubro de 1811, peal renúncia que fez o Ir. Pregador Fr. Antônio do Triunfo, saiu eleito presidente para o convento de São Francisco da vila da Vitória, sendo confirmado no mesmo emprego na congregação intermédia de 24 de abril se 1813. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 elegeram-no porteiro do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Foi eleito presidente do convento da Senhora dos Anjo, em Cabo Frio, na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819. No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 saiu eleito guardião do convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 foi eleito presidente do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Elegeram-no presidente para o convento de Santa Clara em Taubaté no capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825. Desde o ano de 1828 serviu de Capelão da Imperial Fazenda de Santa Cruz. Regressou ao convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, do qual, em 1831, foi mandado aos conventos da Ilha Grande (Angra dos Reis), São Sebastião e Taubaté, e neste último ficou presidente in capite com patente do Visitador Geral Fr. Joaquim de São Jerônimo. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 saiu eleito guardião e comissário de Terceiros para o mesmo convento de Santa Clara em Taubaté, onde faleceu a 24 de outubro de 1835, munido com todos os sacramentos. E lá jaz sepultado. Nota: Segundo o Elenco foi ainda Capelão da fragata Paula que naufragou no Cabo Frio, em 2 de outubro de 1827.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1227.