Confessor, ex-Custódio, brasiliense. No século se chamava Manuel Ferreira de Carvalho, natural das Minas do Rio das Mortes e batizado na freguesia de Nossa Senhora do Pilar da vila de São João del-Rei, bispado de Mariana. Filho legítimo de Simão Ferreira de Carvalho, natural e batizado na freguesia de São Nicolau da cidade de Lisboa, e de sua mulher Ana Dias de Castilho, natural do termo da vila de São João deI-Rei, e batizada na freguesia de Nossa Senhora do Pilar, da mesma vila. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá (1754-1757). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 24 de dezembro de 1756, sendo guardião o Pregador Fr. Manuel de Santa Clara. Professou no mesmo convento, sendo guardião o Pregador Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, a 25 de dezembro de 1757. Com patente do Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764), foi ordenado Sacerdote em São Paulo a 24 de maio de 1761. Conferiu-lhe todas as Ordens o Exmo. Sr. Dom Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM, bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 27 de julho de 1765 foi instituído confessor de seculares. Fez 3 presidências no Convento de São Boaventura de Macacu: para uma saiu eleito na congregação intermédia de 30 de julho de 1774. Elegeram-no guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém a 13 de dezembro de 1777. No capítulo celebrado a 21 de agosto de 1784 foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora do Amparo da vila de São Sebastião. Tornou a ser eleito guardião de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1789. Voltou a ser guardião deste mesmo convento na congregação intermédia de 3 de março de 1792. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 foi eleito em Definidor da Mesa. Por falecimento do guardião Fr. Custódio de Santa Clara, elegeram-no guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), a 4 de novembro de 1800. A 27 de abril de 1814 foi eleito Custódio, por morte do Custódio Fr. Antônio Agostinho de Sant’Ana. Munido com todos os Sacramentos, morreu de um abandono total de natureza na enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Neste mesmo convento lhe fizeram os sufrágios a 29 de março de 1817. Jaz nas sepulturas em que se costumam enterrar os religiosos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1106.