Sacerdote, europeu. No século se chamava Manuel Francisco, natural e batizado na freguesia de São Nicolau da cidade do Porto. Filho legítimo de Francisco João, natural da freguesia de Santa Maria de Mansoras junto de Arouca, e de sua mulher Clara Maria, natural da freguesia de Santa Maria da Vitória da dita cidade do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Arcângelo de Santo Antônio Sá (1754-1757). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. Manuel de Santa Clara, aos 16 de setembro de 1757. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, aos 19 de março de 1759. Com patente do Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1764), foi ordenado Sacerdote em São Paulo a 1º de janeiro de 1763, e lhe conferiu as Ordens o Exmo. Sr. D. Fr. Antônio da Madre de Deus Galrão, OFM, bispo da dita cidade. Mais tarde, sendo morador no Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, serviu de esmoler. Por levar uma vida irregular, foi preso em 1786 e recolhido ao cárcere do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Cumprida a sentença que lhe dera a Mesa Definitória, serviu de enfermeiro-mor no mesmo convento. Exerceu este ofício por tempo de 13 meses e 6 dias. Mais tarde foi morador no convento da Senhora do Amparo da vila de São Sebastião. Para este convento foi eleito presidente no capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802, na congregação intermédia de 11 de abril de 1807, no capítulo de 12 de outubro de 1811 e na congregação intermédia de 24 de abril de 1813. Foi nomeado porteiro nos capítulos celebrados a 8 de outubro de 1808 e 15 de outubro de 1814. Faleceu neste mesmo convento da Senhora do Amparo de São Sebastião a 17 de junho de 1815, tendo recebido os Sacramentos todos. Jaz no cemitério dos Religiosos. Por sua alma se fizeram os sufrágios no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 8 de agosto de 1815. Os seus últimos dias se passaram em retiro e em quietude, reparando deste modo os defeitos da sua mocidade e destruindo pelos exemplos de sua conduta edificante, tudo quanto de irregular operou.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1094.
