Pregador, Ex-definidor, Ex-Provincial, Brasiliense. No século se chamava Luís Castanho de Moraes Lara, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora do Desterro de Jundiaí. Filho legítimo de Luís Castanho de Moraes Lara, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Ponte de Sorocaba, e de sua mulher Gertrudes Maria Ferreira, natural e batizada na sobredita freguesia de Jundiai, e todos do bispado de São Paulo. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, a 3 de novembro de 1801, sendo guardião o lr. Ex-definidor Fr. José Mariano do Amor Divino. No mesmo convento fez profissão para frade do coro nas mãos do guardião Fr. Fernando Antônio de Santa Rita, aos 4 de dezembro de 1802, sendo de idade de 17 para 18 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome Fr. Luís Gonzaga de Santa Gertrudes. Entrou no estudo da eloquência aberto no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro pelo capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802, tendo por mestre o Lente de Teologia Fr. Francisco de Santa Teresa de Jesus Sampaio. Foi admitido ao estudo no convento de São Francisco em São Paulo, pela congregação intermédia de 7 de abril de 1804, sendo Lente de Filosofia o Ex-Leitor de Teologia Fr. Inácio de Santa Justina. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808), foi ordenado sacerdote em São Paulo, aos 19 de abril de 1808, pelo Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. No capítulo celebrado aos 8 de outubro de 1808 foi instituído confessor de seculares. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi nomeado pregador e porteiro do convento de São Luís da vila de Itu. Foi eleito presidente do convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis), no capítulo celebrado aos 12 de outubro de 1811. Na congregação intermédia de 24 de abril de 1813 elegeram-no presidente do convento da Senhora da Conceição de Itanhaém. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 saiu eleito guardião do convento de Santo Antônio da vila de Santos. No capítulo celebrado a 18 de abril de 1818 foi eleito guardião do convento de São Luís da vila de Itu, sendo confirmado nesta guardiania na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819, e juntamente foi nomeado comissário de Terceiros deste mesmo convento. No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 foi eleito presidente do convento de Santo Antônio em Santos. Elegeram-no guardião do convento de São Francisco de São Paulo na congregação intermédia de 20 de abril de 1823. No capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825 foi eleito Definidor da Mesa. No dia 22 de outubro (do mesmo ano) foi aceito pelo Reverendo Definitório um rescrito da Sé Apostólica, que lhe conferia os privilégios de Ex-Provincial, ex gratia. Em 1830 foi Visitador Delegado do Ministro Provincial lr. Joaquim de São Daniel (1828-1831): a 9 de agosto esteve no convênio da Senhora do Amparo da vila de São Sebastião. Passou para o clero secular e foi residir em São Paulo. O Breve Apostólico é de 18 de novembro de 1831 e o Imperial Beneplácito do dia 1° de dezembro do mesmo ano, mas a data final do processo é de 1837.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1238.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1837.