Confessor, ex-definidor, europeu. No século chamava Lourenço natural e batizado na Sé da cidade do Porto. Filho legítimo de João Batista Mostim, natural de Gênova, e de sua mulher Joana Madalena Mostim, natural de Alaminha. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. José de Jesus Maria Reis (1777-1780). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 5 de maio de 1779, sendo guardião o Pregador Fr. José de Santa Ursula Pacheco. Professou no mesmo convento e com o mesmo guardião, aos 12 de setembro de 1780. Com patente do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos Passos (1781-1784) foi ordenado Sacerdote em São Paulo, a 18 de setembro de 1784 pelo Exmo. Sr. Dom Fr. Manuel da Ressurreição, bispo da dita cidade. A 20 de janeiro de 1788 foi eleito presidente para o Convento de São Luís da vila de Itu, em lugar do que no capítulo (de 1787) se tinha elegido para este ofício. No capítulo celebrado a 28 de agosto de 1790 foi confirmado no mesmo lugar e convento, e nomeado juntamente confessor de seculares. Mas, fazendo ver ao Ministro Provincial Fr. Lourenço Justiniano de Santa Teresa (1790-1793) a necessidade que tinha de não existir na dita vila de Itu, por ser aquele clima contrário à sua saúde, foi removido para o Convento de N. P. São Francisco da cidade de São Paulo, ocupando o lugar de presidente. Na congregação intermédia de 3 de março de 1792 foi eleito presidente do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha. Depois foi mandado continuar a presidência do Convento de Nossa Senhora da Penha, em lugar do próprio que por moléstia ficou impossibilitado. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793 saiu eleito presidente do Convento de São Francisco da vila da Vitória, sendo confirmado nesta presidência na congregação intermédia de 28 de fevereiro de 1795. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796 foi eleito companheiro do porteiro do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Chegando a este convento foi mandado a servir de Capelão em um brigue de S. Majestade para o Rio Grande (do Sul). Recolheu-se para o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro no ano de 1802. No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802 foi eleito guardião do Convento de Santo Antônio da vila de Santos. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 elegeram-no presidente do Convento de São Francisco da cidade de São Paulo, pela renúncia que fez o Pregador Fr. Antônio da Ascenção. Foi eleito presidente in capite no Convento de Santo Antônio de Santos em 1805. Tornou a ser eleito guardião deste mesmo convento de Santos no capítulo celebrado a 5 de outubro de 1805. Elegeram-no guardião do Convento de São Bernardino da Ilha Grande (Angra dos Reis, RJ) na congregação de 11 de abril de 1807. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi eleito guardião para o Convento de Nossa Senhora da Penha. Tornou a ser eleito guardião para este mesmo convento em 24 de abril de 1813. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 saiu eleito Definidor da Mesa. Munido com todos os sacramentos faleceu no dia 1º de janeiro de 1826 na enfermaria do convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. A sai enfermidade foi o estado a que uma idade mui avançada costuma reduzir os corpos negando-lhes os meios de lhes valerem os alimentos.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1173.
