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Nasceu Frei Leão Schumacher aos 20 de dezembro de 1877 em Bachen, Alemanha. Pouco depois de seu ingresso na Ordem Franciscana, em 28 de abril de 1900, veio para o Brasil. A cidade de Curitiba, PR, foi sua primeira residência, e ali se ocupou de maneira incansável na cozinha, portaria, sacristia, mas sobretudo na tipografia, cuja chefia lhe foi confiada nos últimos anos que lá esteve. Foi estimado e querido por todos. Pela grande afabilidade que sempre demonstrou, soube granjear a simpatia dos funcionários e empregados no amor à ordem, à pontualidade e ao trabalho. Frei Leão não só supervisionava e orientava, mas ele mesmo não receava por mãos à obra, tanto quando se tratava da manutenção e conserto das máquinas, como na composição manual das chapas tipográficas. Por estas qualidades era muito apreciado tanto pelos superiores como pelos redatores, que não gostaram nada, quando Frei Leão foi transferido para Petrópolis, RJ, onde se ocupou também da tipografia da Vozes. No ano de 1912 foi enviado para a missão em Santarém, PA. Mas sua saúde não resistiu muito tempo no ambiente quente e úmido, vizinho ao rio Amazonas. No ano seguinte, em 1913, voltou à Província doente e enfraquecido. Não obstante a depauperação e doenças, foi sumamente útil ao convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, RJ, onde passou os restantes anos de vida. Era muito jeitoso para tratar com. o pessoal da alfândega no desembaraço de mercadorias e encomendas, seja nas companhias marítimas, seja nas compras nas grandes ou pequenas casas comerciais. Empenhou-se não somente pelo convento do Rio, mas ainda por outros conventos. Era até solicitado pelos hóspedes, fossem eles bispos, sacerdotes ou religiosos de outras Ordens e Congregações. Às vezes se lhe tornavam penosas as saídas, idas e vindas, acompanhadas sempre da subida íngreme ao convento. (O pequeno elevador instalado do lado interno da muralha foi inaugurado só a 23.12.1926). Mas tudo fazia com semblante alegre e risonho. Diversos médicos tentaram diagnosticar o mal que o afligia, mas não tiveram êxito. Aconselharam-no tentar uma operação. Foi para isto transferido para o colégio de Garnstock, Bélgica, e de lá encaminhado para a cidade de Colônia, Alemanha, mas a intervenção cirúrgica, não surtiu efeito. Depois do retorno ao Rio, seu estado de saúde piorou. Os superiores o enviaram a Blumenau, SC. Quando tentaram nova operação, encontraram e lhe foram extraídas 350 pedras biliares. A recuperação estava caminhando bem, quando uma recaída o levou rapidamente ao fim. O querido Irmão estava preparado, e recebeu até alegremente o anúncio da morte. Alcançou isto por uma vida religiosa santificada por sólida piedade e constante exercício do amor fraterno. O passamento deu-se no dia 22 de março de 1927.

Fonte: JEILER, Inácio. Confrades da Província Franciscana da Imaculada Conceição do Brasil, falecidos nos primeiros 50 anos da restauração (1891-1941). São Paulo: Província Franciscana Imaculada Conceição, 1990, p. 113.