Confessor, europeu. No século se chamava José Joaquim Diniz Garneiro, natural e batizado na freguesia de Santiago de Dantas, da Vila Nova de Famalicão, arcebispado de Braga. Filho legítimo de João Diniz, natural e batizado na freguesia de Vence, termo de Barcellos, do mesmo arcebispado, e de sua mulher D. Francisca Rosa Garneiro, natural e batizada na freguesia de Santo Ildefonso, da cidade e bispado do Porto. Tomou o hábito no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro aos 3 de abril de 1800. Fez profissão para frade leigo no mesmo convento aos 3 de maio de 1801, nas mãos do guardião Fr. José Mariano do Amor Divino, sendo de idade de 21 anos, pouco mais ou menos, e tomando por nome José de Santa Mônica. Em 1806 era orador do Convento de São Francisco da cidade de São Paulo. Foi admitido ao coro pelo Ministro Provincial Fr. Alexandre de São José Justiniano (1811-1814), em virtude de Breve do Exmo. Sr. Núncio Apostólico, passado a 24 de janeiro de 1812. Com patente do Ministro Provincial Fr. Francisco Solano Benjamim (1814-1818) foi ordenado sacerdote pelo Exmo. Sr. Dom José Caetano da Silva Coutinho (1806-1833), 8º bispo do Rio de Janeiro. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 saiu eleito porteiro do Convento de Santo Antônio de Santos; mas não foi exercer este emprego. No capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825 foi nomeado porteiro do Convento de São Luís da vila de Itu; não exerceu este emprego por ser o único esmoler que tem o Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, em serra acima. Em 1º de maio de 1825 apresentou um Rescrito de hábito retento da S. C. de Propaganda, para residir fora sem restrição de tempo, a fim de tratar de sua saúde, conservando o seu hábito, o que não obstante, encarregou-se da esmola do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro no distrito de Sacra Família, RJ. Pouco depois desonerou-se dela por ocasião de uma enfermidade, de que esteve muito mal. Com patente do Ministro Provincial Fr. João de Parma (1825-1828) exercitava o ministério de confessor. Acabou passando para o clero secular.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1207.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1833.