Ex-Leitor, Ex-definidor, Europeu. No século se chamava José Antônio Mesquita, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora dos Remédios. Filho legitimo de José Inácio Mesquita, natural e batizado na freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Vila de Santa Cruz, e de sua mulher Isabel Tomásia, natural e batizada na sobredita freguesia de Nossa Senhora dos Remédios; todos da Ilha das Flores (Açores) e bispado de Angra. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção (1799-1802). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 2 de junho de 1801, sendo guardião o Ir. Ex-Definidor Fr. José Mariano do Amor Divino. Fez profissão para frade do coro mesmo convento e nas mãos do, es aos 3 de junho de 1802, sendo de idade de 17 anos incompletos e tomando por nome Fr. José de Santa Delfina. Na congregação intermédia de 7 de abril de 1804 foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de São Francisco da Cidade de São Paulo. Com patente do Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808), foi ordenado sacerdote em São Paulo, a 25 de julho de 1809, pelo Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 foi eleito pregador, confessor de seculares e passante para o estudo de filosofia aberto no convento de São Francisco de São Paulo. Renunciou esta passantaria, mas foi segunda vez eleito em passante do novo estudo aberto no mesmo convento de São Paulo na congregação intermédia de 24 de abril de 1813. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 elegeram-no Lente de Vésperas para o estudo no convento de São Francisco de São Paulo. Foi eleito guardião deste mesmo convento no capítulo celebrado aos 18 de abril de 1818. Estando em São Paulo na qualidade de Visitador Delegado do Ministro Provincial Fr. Ângelo de São José Mariano (1821-1823), assinou a 12 de outubro de 1822 a Ata da Aclamação de Dom Pedro I, como Imperador e Defensor do Brasil. No capítulo celebrado aos 5 de fevereiro de 1825 foi eleito guardião para o convento de São Luís na vila de Itu. Elegeram-no guardião do convento de São Francisco de São Paulo na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826. Foi durante esta guardiania que, no dia 1º de março de 1828, se abriu no convento o Curso Jurídico. No capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828 saiu eleito guardião e comissário de Terceiros para o convento de São Luís de Itu, sendo confirmado nesta mesma guardiania na congregação intermédia de 13 de fevereiro de 1830. No capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831 saiu novamente eleito guardião e comissário de Terceiros do mesmo convento de São Luís da vila de Itu, e na congregação intermédia de 23 de fevereiro de 1833 foi reconduzido nos mesmos empregos. No capítulo celebrado a 23 de agosto de 1834 saiu Definidor da Mesa. Passou para o clero secular em ano não declarado.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1221.
Ano de falecimento igual ou posterior a 1834.
