Confessor, brasiliense. No século se chamava José Marques de Jesus, natural e batizado na Sé da cidade de São Paulo. Filho legítimo do guarda-mor Salvador Marques Brandão e de sua mulher Clara Francisca Teresa de Jesus, ambos naturais da freguesia de Oliveira de Azeméis, comarca da Feira e bispado do Porto. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação. Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues, aos 8 de outubro de 1761. Professou no mesmo convento e com o mesmo Prelado, aos 12 de outubro de 1762. Foi admitido ao estudo de filosofia no Convento de São Francisco de São Paulo, pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação, sendo mestre o Lente Fr. João Capistrano de São Bento. Saiu eleito pregador, ainda corista, na congregação intermédia de 23 de julho de 1768. Foi ordenado Sacerdote na cidade da Bahia pelo seu arcebispo o Senhor Dom Fr. Manuel de Santa Inês, carmelita descalço (1771), com letras do Ministro Provincial Fr. Inácio de Santa Rita Quintanilha. A 27 de julho de 1771 foi instituído confessor de seculares e juntamente nomeado Comissário de Terceiros do Convento de Santo Antônio de Santos. Exercitou este emprego até a congregação intermédia de 8 de maio de 1779, sendo neste ano eleito presidente deste mesmo convento. Na congregação intermédia de 22 de fevereiro de 1783 saiu eleito presidente do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio. Foi eleito porteiro do Convento de São Boaventura de Macacu no capítulo de 25 de agosto de 1784. No capítulo celebrado a 2 de outubro de 1802, elegeram-no presidente do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha e capelão do Hospital da Marinha da mesma ilha. Tornou a ser presidente, eleito para o mesmo convento na congregação intermédia de 7 de abril de 1804. Tendo-se recolhido enfermo e demente do convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, onde era morador, à enfermaria do Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro. Faleceu aos 27 de agosto de 1807, precipitando-se de uma das janelas da enfermaria abaixo, em horas de silêncio. Jaz na sua sepultura.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1026.
