Pregador, Ex-Definidor, Brasiliense. No século se chamava José Corrêa de Toledo, natural e batizado na freguesia de São Francisco das Chagas de vila de Taubaté, bispado de São Paulo. Filho legítimo de João Leite do Prado, da freguesia de Nossa Senhora do Bom Sucesso de Pindamonhangaba, e de sua mulher Dona Ângela Mariana de Toledo, da sobredita freguesia de São Francisco de Taubaté. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Joaquim das Santas Virgens Salazar (1805-1808). Tomou o hábito no convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 26 de janeiro de 1806. Professou no convento do Senhor Bom Jesus da Ilha, nas mãos do sobredito Ministro Provincial, sendo guardião o Ex-Ministro Provincial Fr. Antônio de São Bernardo Monção, aos 27 de janeiro de 1807, sendo de idade de 20 anos, pouco mais ou menos e tomando por nome Fr. José de Santa Ângela. Na congregação intermédia de 11 de abril de 1807, foi admitido ao estudo de filosofia; pouco tempo depois foi removido para o estudo de gramática. Na congregação intermédia de 14 de abril de 1810 tornou a ser admitido ao estudo de filosofia no convento de São Francisco em São Paulo, tendo por Lente de Artes o Ex-Leitor de Vésperas Fr. João do Espírito Santo. Com patente do Ministro Provincial Fr. Antônio de Santa Úrsula Rodovalho (1808-1811), foi ordenado sacerdote em São Paulo, a 22 de setembro de 1810, pelo Exmo. Sr. Dom Mateus de Abreu Pereira, bispo da dita cidade. No capítulo celebrado a 15 de outubro de 1814 foi instituído confessor de seculares e pregador. Em 1815 era morador no convento de Santo Antônio em Santos: assinou como discreto. Na congregação intermédia de 20 de abril de 1816 foi eleito presidente e comissário de Terceiros para o convento de Santa Clara em Taubaté, sendo confirmado nestes empregos e no mesmo convento no capítulo celebrado a 18 de abril de 1818, e na congregação intermédia de 23 de outubro de 1819. No capítulo celebrado a 20 de outubro de 1821 foi novamente eleito presidente do convento de Santa Clara em Taubaté. Na congregação intermédia de 26 de abril de 1823 foi outra vez eleito para o mesmo emprego e ainda porteiro. No capítulo celebrado a 5 de fevereiro de 1825 saiu eleito guardião do convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém, sendo confirmado na mesma guardiania na congregação intermédia de 5 de agosto de 1826. Foi eleito presidente do convento de Santa Clara em Taubaté no capítulo celebrado a 9 de agosto de 1828, e confirmado nesta guardiania na congregação intermédia de 13 de fevereiro de 1830. Vindo a votar no capítulo celebrado a 20 de agosto de 1831, saiu eleito Definidor da Mesa. Não exerceu este emprego. Tendo-se retirado para a Província de São Paulo, com licença Imperial, nunca compareceu às Juntas Definitoriais. Por este motivo, em sessão Definitória de 22 de fevereiro de 1833, foi declarado vago o lugar de Definidor. Depois de viver alguns anos em Taubaté, foi empregado em uma capela. Munido com todos os sacramentos, faleceu aos 13 de julho de 1847 no convento de Santa Clara em Taubaté.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1274.
