Pregador, europeu. No século se chamava José Barbosa da Silva, natural e batizado na freguesia de São Martinho de Parada da Todéia, bispado do Porto. Filho legítimo de Manuel Carvalho da Costa e de sua mulher Ana Barbosa, naturais e batizados na mesma freguesia. Foi aceito à Ordem pelo Ministro Provincial Fr. Manuel da Encarnação (1761-1704). Tomou o hábito no Convento de São Boaventura de Macacu, aos 18 de maio de 1703, sendo guardião Fr. José da Madre de Deus Rodrigues. Professou no mesmo convento, sendo guardião Fr. Sebastião de Santa Rosa Caminha, ao 1º de novembro de 1764. Entrou no estudo de filosofia no Convento de São Francisco de São Paulo por ordem do Ministro Provincial Fr. José dos Anjos (1767-1770), sendo mestre o Ir. Ex-leitor de teologia Fr. Bernardino de Sena. Foi ordenado sacerdote no Rio de Janeiro, aos 8 de janeiro de 1774, com patente do Ministro Provincial Fr. Cosme de Santo Antônio (1773-1777) e lhe conferiu as Ordens o Exmo. Sr. Dom Fr. Manuel da Ressurreição, bispo de São Paulo, quando passou pelo Rio de Janeiro para ir tomar posse do seu bispado. Na congregação intermedia de 30 de julho de 1774 foi nomeado pregador e eleito presidente do convento de Nossa senhora da Penha. Saiu eleito presidente do Convento de São Francisco de Vitória no capítulo celebrado 13 de dezembro de 1777. Serviu de organista em alguns conventos. Assinou como discreto do Convento de Nossa Senhora dos Anjos de Cabo Frio, nos anos de 1783 e 1784. Tornou a sair eleito presidente do convento de São Francisco de Vitória, na congregação intermédia de 25 de fevereiro de 1786. Na ocasião foi instituído confessor de seculares. Foi eleito terceira vez presidente do Convento de São Francisco de Vitória no capítulo celebrado a 25 de agosto de 1747. No capítulo celebrado a 31 de agosto de 1793, foi eleito porteiro do mesmo convento. No capítulo celebrado a 24 de setembro de 1796, quando ocupava o lugar de enfermeiro-mor no Convento de Santo Antônio do Rio de janeiro, foi eleito guardião do Convento de Nossa Senhora da Conceição de Itanhaém. Por uma relação sua remetida a 21 de julho de 1777 ao Governador da Capitania de São Paulo, ficamos sabendo que existiam no dito convento 4 religiosos sacerdotes. Não havia religiosos leigos nem donatos. Para o serviço do convento existiam 22 escravos. Na congregação intermédia de 24 de março de 1798 saiu eleito Comissário de Terceiros do Convento de Santo Antônio da vila e praça de Santos. Foi confirmado no mesmo emprego e convento novamente no capítulo celebrado aos 28 de setembro de 1799, na congregação intermédia de 28 de março de 1801 e no capítulo celebrado a 2 outubro de 1802. No capítulo celebra 5 de outubro de 1805 foi nomeado porteiro do Convento de Santo Antônio de Santos, sendo confirmado no mesmo convento e emprego, na congregação intermédia de 11 de abril de 1807. Faleceu no Convento de Santo Antônio de Santos, a 2 de outubro de 1809, de morte repentina, sem sacramentos, e no dia 3 se fizeram os sufrágios e se sepultou. Sua alma foi sufragada no Convento de Santo Antônio do Rio de Janeiro, aos 15 de novembro de 1809.
Na referência bibliográfica Religiosos Franciscanos da Província da Imaculada Conceição do Brasil na Colônia e no Império, de Fr. Sebastião Ellebracht, é o frade nº 1040.